Acho que fiquei neutro, votos não vão cair em mim, diz Carlos Manato
Como avalia o fato de algumas pessoas que participaram do movimento, como a Izabella Costa e o Capitão Assumção, serem próximas ao senhor?
O Capitão Assumção é policial militar aposentado. Ele tem uma ligação muito grande com a polícia e todos os movimentos, porque é candidato a deputado federal de novo. O (Walter Lopes) Matias (ex-soldado da PM) me ajuda nas redes sociais, nas minhas coisas. O que eu sempre converso com eles: Se vocês cometerem algum crime, assumam e respondam por ele. É problema de vocês. Cada um vai pagar o preço da sua irresponsabilidade.
Mas o fato de ter uma pessoa no protesto em frente a um quartel, como a Izabella, que trabalha em seu gabinete, não pode ser interpretado como um envolvimento do senhor?
Zero envolvimento. Nunca pedi para eles deixarem de fazer. A Izabella é esposa do Matias. Ela trabalha para mim em Vitória, no Espírito Santo. Cuida de redes sociais.
Na sua opinião, essa rede se aproveitou politicamente da crise para levantar o nome de Bolsonaro e as bandeiras dele?
Ele (Bolsonaro) não foi lá. Qualquer coisa que ele faz tem no mínimo 1,5 milhão de interações. E ele tem dois celulares, que não param, tamanha a quantidade de (mensagens no) WhatsApp.
Como o senhor viu a exploração política da crise no ES?
Eu ganhei ou perdi? Eu acho que eu fiquei neutro. O Capitão Assumção é que levou toda a glória, os votos vão cair nele. Não em mim. Tive um desgaste natural da sociedade civil organizada que não concordou com a posição do projeto (de anistia). De cem (pessoas), entre e-mail, WhatsApps, Facebook, 80 concordaram com minha atitude e 20, não. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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