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Substituto de Aloysio no Senado foi parceiro de Quércia e defende parlamentarismo

Airton Sandoval foi presidente do PMDB em São Paulo - Luiz Carlos Murauskas / Folha Imagem
Airton Sandoval foi presidente do PMDB em São Paulo Imagem: Luiz Carlos Murauskas / Folha Imagem

Pedro Venceslau

São Paulo

02/03/2017 16h43

Com a escolha do tucano Aloysio Nunes Ferreira para ocupar a vaga de José Serra no Ministério das Relações Exteriores, a vaga de senador por São Paulo será ocupada pelo ex-deputado peemedebista Airton Sandoval. Último remanescente do "quercismo" no Estado, ele está aposentado e vive hoje em Franca, no interior paulista.

Seu último cargo público foi chefe de gabinete do ex-prefeito da cidade, Alexandre Ferreira (PSDB), que encerrou o mandato em dezembro do ano passado. "Ninguém ainda me procurou para tratar do assunto, mas a expectativa em Franca é muito grande", disse

Peemedebista histórico, ele se tornou suplente de Aloysio Nunes em 2010 após o ex-governador Orestes Quércia deixar a disputa pelo Senado para tratar de um câncer. Por um acordo costurado na época, o PSDB abdicou da suplência e indicou o aliado de Quércia para a vaga.

Em troca da escolha de Sandoval, que então comandava a máquina estadual do PMDB, os tucanos "herdaram" o tempo de TV do partido, que era de cinco minutos. "Depois de 2010 houve uma mudança grande no PMDB. Poucas pessoas ligadas ao Quércia ficaram no diretório. Eu fui uma delas", conta o futuro senador.

Sandoval lembra, ainda, que atuava como "moderador" na disputa entre o então deputado Michel Temer e Orestes Quércia pelo comando do PMDB em São Paulo. Sobre sua atuação no Congresso, o substituto de Aloysio Nunes diz que pretende levantar as bandeiras do parlamentarismo e do municipalismo, além de apoiar "integralmente" as reformas propostas pelo governo federal.

"As reformas são importantes. Em 1988, na Constituinte, faltou coragem para mudar a Previdência". Com a mudança, o PMDB amplia sua força no Senado e chega a 22 senadores. Já o PSDB perde uma vaga e fica com 10 senadores.