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Delegados da PF dizem que troca na Justiça preocupa, e pedem autonomia

Serraglio (na foto) trocou de cargo com Torquato Jardim, da pasta da Transparência - Pedro Ladeira/Folhapress
Serraglio (na foto) trocou de cargo com Torquato Jardim, da pasta da Transparência Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Fausto Macedo e Luiz Vassalo

São Paulo

28/05/2017 18h41Atualizada em 28/05/2017 19h11

O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ANDPF), Carlos Eduardo Sobral, afirmou, neste domingo (28), por meio de nota, ter preocupação com a troca no Ministério da Justiça --definida pelo presidente Michel Temer. A entidade também ressaltou a autonomia necessária ao cargo de diretor-geral da PF.

O peemedebista decidiu substituir o ministro da Justiça, Osmar Serraglio. As conversas sobre a escolha do sucessor ocorreram neste domingo. O novo ministro será o chefe do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim. Serraglio será transferido para a vaga de Torquato.

"Os Delegados de Polícia Federal foram surpreendidos com a notícia da substituição, até mesmo porque desconhecem qualquer proposta de Torquato Jardim para a Pasta. É natural que qualquer mudança no comando do Ministério da Justiça gera preocupação e incerteza sobre a possibilidade de interferências no trabalho realizado pela Polícia Federal", afirma o presidente da associação.

O representante considerou fundamental a aprovação, no Congresso, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412/2009, que garante a autonomia funcional, administrativa e orçamentária à PF.

"Além da autonomia, também é essencial que seja instituído o mandato para diretor-geral da PF, de modo que mudanças de governo ou de governantes não reflitam em interferências políticas, cortes de recursos e de investimentos que prejudiquem as ações da Polícia Federal", ressaltou.