Defesa de Temer critica relatório da PF: "deveria ser relato, não peça acusatória"
Carla Araújo
Brasília
20/06/2017 18h52
O advogado do presidente Michel Temer, Antonio Claudio Mariz, informou nesta terça-feira (20) que a defesa entende ser desnecessário "qualquer pronunciamento neste momento" em relação ao relatório parcial enviado pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a investigação contra o presidente.
Segundo a PF, pelos elementos reunidos no inquérito, é possível concluir que houve "pagamento de vantagem indevida" de maneira "remota" ao peemedebista e "imediatamente" a Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelos empresários do Grupo J&F.
Apesar da negativa, Mariz criticou a conduta da PF. "Não vamos responder, pois na verdade um relatório sobre investigações deveria ser apenas um relato das mesmas investigações e não uma peça acusatória. Autoridade policial não acusa, investiga", afirmou.
O Palácio do Planalto também tem evitado comentar o tema e, ao ser questionado oficialmente sobre o andamento das ações da PF, diz apenas que os advogados do presidente é que se pronunciam sobre o caso.