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Amaggi diz não ter ligação com aeronave e que não autorizou pouso/decolagem

Divulgação/Polícia Militar do Estado de Goiás
Imagem: Divulgação/Polícia Militar do Estado de Goiás

Jane Miklasevicius

São Paulo

26/06/2017 16h25

O grupo Amaggi, empresa da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira, 26, em nota, não ter qualquer ligação com a aeronave interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) com 500 quilos de cocaína e que decolou da Fazenda Itamarati Norte, no município de Campo Novo do Parecis (MT), de propriedade da família. No comunicado, a companhia afirma que "não emitiu autorização para pouso/decolagem" da aeronave "em qualquer uma de suas pistas".

 

A Amaggi informa que a parte da fazenda Itamarati arrendada pela empresa tem 11 pistas autorizadas para pouso eventual "(apropriadas para a operação de aviões agrícolas, o que não demanda vigilância permanente), localizadas em pontos esparsos de 54,3 mil hectares de extensão".

 

Segundo a Amaggi, a região de Campo Novo do Parecis "tem sido vulnerável à ação de grupos do tráfico internacional de drogas", dada a proximidade com a fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. "Tal vulnerabilidade acomete também as fazendas localizadas na região. Em abril deste ano a Amaggi chegou a prestar apoio a uma operação da Polícia Federal (PF), quando a mesma foi informada de que uma aeronave clandestina pousaria com cerca de 400 kg de entorpecentes (conforme noticiado à época) em uma das pistas auxiliares da fazenda. Na ocasião, a PF realizou ação de interceptação com total apoio da Amaggi, a qual resultou bem-sucedida."

 

A empresa diz aguardar o desenrolar das investigações sobre a propriedade da aeronave e as circunstâncias em que ela teria pousado na fazenda Itamarati e decolado de lá e se colocou à disposição das autoridades "para prestar todo apoio possível às investigações do caso".