Comoção e revolta marcam enterro de estudante morta por bala perdida no Rio
Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro. Durante o velório, um grupo segurou cartazes pedindo paz, justiça e questionando a atuação da Polícia Militar, sobretudo nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Vanessa dos Santos foi vítima de uma bala perdida.
A PM afirma que trocava tiros com traficantes da favela quando a menina foi atingida, mas vizinhos contestam a versão e acusam que o tiro que atingiu a garota partiu de um policial militar.
Pai de Vanessa, Leandro Monteiro de Matos lamentou a ação da polícia. "Sempre foi assim. Nem dentro da sua casa você tem liberdade", disse Matos, enquanto era amparado por amigos. "Eles (policiais) não batem na sua porta. O sentimento é de revolta. Alguém lá em cima que trabalha pra isso, que ganha pra isso, que tem inteligência pra isso, que mude isso. Não está dando certo. UPP não é mais pra existir há muito tempo. Está morrendo muita gente inocente."
Tatiana Lopes, tia de Vanessa, também criticou a ação da PM. A menina foi morta quando os policiais estavam dentro da casa onde ela morava.
"Se foi tiro deles (policiais), se foi de outra pessoa, pra mim não interessa. O que interessa é que, se eles não tivessem entrado na casa, minha sobrinha hoje estava viva. Não interessa se eles apertaram o gatilho; direta ou indiretamente, eles apertaram", sustentou.
Vanessa dos Santos era aluna do quinto ano da Escola Municipal José Eduardo de Macedo Soares, no Lins de Vasconcelos. Na terça-feira, ela deixou a escola às 14h30. Foi baleada em casa cerca de três horas mais tarde. As aulas na instituição de ensino, que abriga 400 alunos, estão suspensas.
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