Brasil rejeita uso da força para restaurar democracia na Venezuela
!["Não apoiamos intervenção militar", diz o ministro Aloysio Nunes - Nicholas Kamm/AFP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/c0/2017/05/31/31mai2017---o-chanceler-brasileiro-aloysio-nunes-ferreira-fala-em-reuniao-da-onu-em-washington-1496264932887_300x420.jpg)
O governo brasileiro rejeita o uso da força como instrumento para restaurar a democracia na Venezuela, afirma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores. "O repúdio à violência e a qualquer opção que envolva o uso da força é inarredável e constitui base fundamental do convívio democrático, tanto no plano interno como no das relações internacionais", diz o documento.
Embora não faça uma referência direta, a nota coincide com a declaração dada ontem ao 'Estado' pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, ao ser questionado sobre o fato de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter aventado a possibilidade de usar a "opção militar" contra o governo de Nicolás Maduro.
"Não apoiamos intervenção militar", afirmou. "O tempo do big stick já passou. Nosso caminho é o da diplomacia, da política, da negociação."
Na nota, o Itamaraty lembra que o Mercosul tomou a decisão de suspender a Venezuela no último dia 5 de agosto por considerar que o governo de Nicolás Maduro rompeu com os compromissos democráticos previstos no Protocolo de Ushuaia. "Desde então, aumentaram a repressão, as detenções arbitrárias e o cerceamento das liberdades individuais", diz a nota. "As medidas anunciadas pelo governo e pela assembleia nacional constituinte nos últimos dias reduzem ainda mais o espaço para o debate político e para a negociação."
Mesmo com esse quadro, os países do Mercosul insistirão, de forma individual e coletiva, para que a democracia volte à Venezuela. "O governo venezuelano não pode aspirar ao convívio normal com seus vizinhos na região enquanto não for restaurada a democracia no país", afirma. Os instrumentos aceitáveis para isso, diz a nota, são o diálogo e a diplomacia. A chancelaria da Argentina divulgou nota com igual teor.
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