Conteúdo publicado há 3 meses

'A democracia falou', diz Marine Le Pen após projeção apontar vitória

A líder do partido de extrema direita francês RN (Rassemblement National, Reunião Nacional em português), Marine Le Pen, comemorou o resultado das eleições legislativas após a divulgação das primeiras projeções.

O que aconteceu

"A democracia falou", disse ela, acrescentando que "nada é mais saudável do que alternância na política". "Chamo vocês a se juntarem a essa coalizão de liberdade, segurança e unidade. Nenhum francês vai perder direitos neste 30 de junho, a esperança renasce neste país", declarou ela.

A líder ultraconservadora foi eleita no primeiro turno em sua região. O partido de Le Pen defende maior controle nas leis de imigração e políticas para diminuir contratação de estrangeiros no país.

Jordan Bardella, um dos principais nomes da extrema direita, apelou aos franceses para que "continuem mobilizados". Segundo ele, com uma vitória de seu movimento no segundo turno, os ultraconservadores poderão ter maioria absoluta, e ele garante que será "o primeiro-ministro de todos os franceses, do cotidiano, respeitando a Constituição e da função do presidente".

Já o atual presidente do país, Emmanuel Macron, convocou uma manifestação contra o partido de Le Pen no segundo turno. O objetivo é evitar que o RN consiga maioria, e assim, escolha um primeiro-ministro.

Franceses foram às urnas hoje após Macron dissolver a Assembleia Nacional no último dia (10). Presidente quis dar demonstração de força após extrema-direita ganhar força nas eleições para o Parlamento europeu.

Primeiras estimativas apontam RN com 34,2% dos votos; 29,1% da coalizão de partidos de esquerda e 21,5% pela maioria presidencial de Macron. A eleição é apenas para o parlamento francês e não altera o mandato do presidente, que se encerra em 2027.

Macron dissolveu Parlamento após resultado das eleições europeias

O presidente da França dissolveu a Assembleia Nacional e convocou eleições legislativas antecipadas após a votação para eleger os representantes da França no Parlamento Europeu. Antecipação das eleições não afeta a permanência de Macron no cargo, que segue o mandato até 2027.

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Macron disse que resultados foram um 'desastre' que não pode ser ignorado. Em uma aposta política de alto risco, a menos de dois meses das Olimpíadas de Paris, o presidente francêsainda classificou o aumento dos "nacionalistas e demagogos" no Parlamento Europeu como um "perigo".

É a primeira vez desde 1997 que um presidente dissolve o Parlamento na França. A última vez que isso aconteceu foi sob o governo de direita de Jacques Chirac. Naquela época, porém, foi a esquerda que saiu vitoriosa, forçando Chirac a governar com rivais até o final do mandato.

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