Gilmar recebeu flores de Barata Filho e Procuradoria no Rio pede nova suspeição
Na semana passada, Janot pediu ao STF que declarasse a suspeição de Gilmar tanto com relação a Barata Filho quanto a Lélis Teixeira, também empresário do ramo, ambos investigados e presos pela operação Ponto Final da Polícia Federal. Ontem, a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, notificou o colega. Nos três pedidos, os procuradores sustentam que a proximidade de Gilmar e Barata Filho o impede de atuar.
O ministro foi padrinho de casamento da filha de Barata Filho, Maria Beatriz Barata, em julho de 2013, com Francisco Feitosa Filho, que é sobrinho de Gilmar, ressaltam os procuradores da República. Além disso, sua mulher, Guiomar Mendes, trabalha num escritório de advocacia que defende investigados da Lava Jato (o do advogado Sergio Bermudes, não citado nominalmente).
Outro ponto que vem sendo apontado pelos procuradores é que Barata Filho é sócio de Francisco Feitosa de Albuquerque Lima, cunhado de Gilmar, em uma empresa de transportes, e seu amigo íntimo. Eles argumentam ainda que Barata Filho e Gilmar têm um advogado em comum, Rodrigo Mudrovitsch. Eles acreditam que Gilmar já deveria ter se "autoafastado".
Os novos pedidos foram encaminhados depois que Gilmar concedeu habeas corpus que livraram Barata Filho e Teixeira da prisão. Segundo as investigações, eles estão entre os cabeças do esquema de corrupção do ex-governador Sergio Cabral (PMDB) no setor de transportes do Estado. Cabral teria recebido R$ 144,7 milhões em propinas para agir em favor das empresas.
No ofício de hoje, consta que os procuradores tomaram conhecimento "nesta data" de uma mensagem eletrônica "que aponta para o íntimo relacionamento entre o acusado e o ministro": a confirmação da compra de flores num site para o casal, entregue no endereço residencial deles, em Brasília. O ofício, que reproduz o e-mail de confirmação, o boleto de pagamento e o comprovante, não especifica qual o tipo de flor comprado.
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