Cunha vê 'desmoralização da delação' e desafia Funaro a provar acusações
O peemedebista está preso em Curitiba desde 19 de outubro de 2016, acusado de obstruir a Lava Jato enquanto permanecia livre. O ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por propinas de U$S 1,5 milhão na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.
"Repudio com veemência o conteúdo e se trata de mais uma delação sem provas que visa a corroborar outras delações também sem provas, onde o delator relata fatos que inclusive não participou, não tinha qualquer possibilidade de acesso a informações, salvo por interesse da acusação em dar credibilidade a outros delatores", afirma.
Cunha ainda afirma que "as atividades criminosas confessadas pelo Sr. Lucio Funaro foram feitas por sua conta e risco, não cabendo agora para buscar benefícios atribuir a outros sem provas a participação e cumplicidade com os seus ilícitos". "Desminto e desafio a provar as supostas referências sobre terceiros a mim atribuídas, incluindo ao presidente Michel Temer, onde tudo que ele atribui declara que ouviu dizer de mim, o que é uma absoluta mentira".
"Chegamos ao ponto máximo da desmoralização do instituto da delação premiada, onde basta concordar com qualquer coisa que a acusação encomendar para obter infinitos benefícios, a exemplo do que ocorreu com Joesley Batista, que somente após vazamento dos áudios que teve a delação contestada", sustenta o ex-parlamentar preso.
O peemedebista ainda afirma ser necessário "apurar as delações conduzidas pelo Sr. Marcelo Miller, bem como as delações conduzidas pelo advogado do Sr. Funaro, que consegue advogar para um delator e na sequência conduzir as delações dos delatados pelos seus clientes".
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