Justiça nega habeas corpus a mulher que atropelou e matou 3 na Marginal do Tietê
A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão de Talita Sayuri Tamashiro, motorista que atropelou 4 pessoas e matou três delas na Marginal do Tietê na manhã de sábado passado, dia 30. Talita estava embriagada e confessou usar o celular na hora do acidente. O relator do processo de habeas corpus, o juiz Jewton Neves, da 16º Câmara de Direito Criminal, seguiu o Ministério Público e manteve a prisão, em uma decisão publicada nesta quarta-feira, 4.
No texto, o juiz reafirma a legalidade da prisão preventiva, pois "o delito tem causa fútil, embriaguez ao volante e direção ao celular". Neves considera também o acúmulo de multas e avalia que, embora não tenha antecedentes criminais, o comportamento de Talita representa um risco para a sociedade, caso ela responda em liberdade.
Durante a semana, a defesa entrou também com um pedido de revogação da prisão preventiva, que foi decretada no dia 1º, após audiência em custódia. Na solicitação, os advogados de Talita consideram que a própria Justiça identificou que não houve intenção de matar, e, portanto, não haveria motivos para prisão preventiva.
Segundo a defesa, durante a audiência de custódia, a juíza presente "preferiu lavar as mãos e atender ao clamor social ao invés de cumprir o que determina a Lei". O fato de Talita se comprometer a comparecer a todos os atos processuais não estaria sendo considerado pela Justiça, sugere o texto apresentado pelos advogados.
Como resposta, na decisão do juiz Luis Gustavo Esteves Ferreira, consta que a motorista dirigia em situações proibidas pela lei, mesmo com carteira de habilitação suspensa, o que indica que ela "não se curva às determinações do Poder Público".
O caso
O atropelamento aconteceu na madrugada de sábado. Bêbada e falando ao celular, Talita atingiu três vítimas que estavam no recuo da via já que o carro delas tinha apresentado problemas. O acidente ocorreu por volta das 5h, no sentido Ayrton Senna, cerca de 50 metros antes da Ponte dos Remédios.
Na delegacia, a motorista fez o teste do bafômetro, que constatou a ingestão de álcool acima do permitido. Segundo a Polícia Militar, a motorista confessou que também falava ao celular no momento do acidente. Ela também estava com a CNH suspensa, por ter ultrapassado a pontuação por acúmulo de multas de trânsito,
Raul Fernando Nantes, de 49 anos, Aline de Jesus Souza e Vanessa Lopes Relvas - ambas com 28 anos - morreram na hora.
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