Tem de ser discutidas sem paixões, diz Moro sobre prisões preventivas
Thaís Barcellos e Altamiro Silva Junior
São Paulo
24/10/2017 11h45
Moro reforçou que, apesar de ser um recurso polêmico, é importante até mesmo, às vezes, como uma maneira de a Justiça dar uma resposta à sociedade. "Mas tem que ter motivos legais."
Ele citou casos concretos da Lava Jato em que as prisões preventivas foram definidas e com motivos claros, como a de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que desapareceu com provas. "Há caso de agentes da Petrobras com milhões de dólares ou euros no exterior. Não se pode dar a oportunidade de fugir", disse, lembrando também que é um recurso importante para interromper a corrupção serial.
Moro também disse que, na Lava Jato, na primeira instância, não há excesso de prazos, mas sim na parte recursal. "Mas, assim teríamos que esvaziar as prisões brasileiras, porque não são só criminosos de colarinho branco que estão esperando recurso."