Delator relata contrato fictício para campanha de Garotinho
Outro preso foi Ney Flores Braga, um dos responsáveis pela arrecadação de dinheiro para a campanha de Garotinho em 2014. O delator contou que, em reunião determinada pelo ex-governador, alguém da JBS faria contato com o empresário Brauny, seu sócio na empresa Ocean Link, para tratar de uma contratação.
Segundo o MPE, Rodrigues contou que o negócio foi firmado tempo depois, "restando esclarecido posteriormente que o contrato entre a Ocean Link e a JBS seria simulado com vistas a transferir, mediante conta bancária e nota fiscal fria, R$ 3 milhões de reais que deveriam ser repassados para o réu Anthony Garotinho utilizar em sua campanha eleitoral para o governo do Estado do Rio de Janeiro", diz, na denúncia.
Também tiveram ordens de prisão expedidos Antônio Ribeiro da Silva, Suledil Bernardino, Thiago de Godoy, Antônio Carlos Rodrigues e Fabiano Alonso. Garotinho foi preso na manhã desta Quarta-feira e encaminhado para a sede da Polícia Federal no Rio e depois para o Instituto Médico Legal (IML). Rosinha foi levada para a sede da PF no município de Campos dos Goytacazes.
Defesa
Em nota, a assessoria do político disse que "querem calar o Garotinho mais uma vez" e que o ex-governador atribui a operação "a mais um capítulo da perseguição que vem sofrendo" por ter denunciado um esquema envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e irregularidades supostamente praticadas pelo desembargador Luiz Zveiter.
Garotinho se diz inocente, assim como os demais acusados na operação desta quarta-feira, e ainda diz que é ameaçado pelo presidente afastado da Alerj, Jorge Picciani, que nesta terça-feira, 21, voltou à cadeia.
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