Temer e Alckmin devem conversar sobre saída de ministros tucanos, diz Padilha
"Se houve anúncio por todos os líderes que eles iriam sair (da base) me parece que (saída dos ministros) é uma questão apenas de Temer e Alckmin definirem a forma com que vai ser feita essa transição", afirmou Padilha.
O ministro disse ainda que o presidente "sabe conduzir como ninguém" essas negociações em torno dos cargos de primeiro escalão. "Questão de ministério é questão presidencial e ele está definindo a forma que tem caracterizado o presidente Michel Temer, com muito diálogo, conversando com as lideranças mais importantes do PSDB, e com o diálogo com o governador Alckmin", reforçou.
Alckmin e Temer devem se encontrar no próximo sábado, 2, quando ambos participam de cerimônia de entrega de unidades do Minha casa, Minha Vida, no interior de São Paulo.
Ao ser questionado se os dois também deveriam tratar na conversa sobre a costura de aliança para as eleições do ano que vem e se o governo pode vir a apoiar Alckmin caso ele demonstre apoio às reformas, Padilha disse que os partidos têm seus projetos para 2018 e que todos precisam ser respeitados.
"O PMDB, os partidos da base de sustentação e o governo têm um projeto de poder para 2018. Nós vamos cuidar deste projeto de poder", destacou. "Acho que de forma absolutamente justa o PSDB e Alckmin têm um projeto de poder, que eles devem defender. Nós compreendemos e de outra parte se espera também que haja compreensão com a decisão do PMDB e dos demais partidos da base do governo."
Padilha deu as declarações ao chegar para uma cerimônia na Imprensa Oficial para marcar o fim da versão impressa do Diário Oficial da União (DOU).
Aloysio Nunes
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores, o tucano Aloysio Nunes Ferreira, havia afirmado que as declarações de Padilha feitas na quarta-feira, 29, sobre a saída do PSDB da base aliada, foram mal interpretadas. Segundo ele, o PSDB mantém o apoio ao presidente Michel Temer.
"O PSDB não faz parte da base do governo, o PSDB apoia o governo, não rompeu com o governo. Participação do governo ou não é uma decisão do presidente", disse o tucano.
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