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Facção é forma de sobreviver, diz governo do Amazonas

Marco Antônio Carvalho, enviado especial, e Ricardo Araújo, especial Para o Estado

30/12/2017 06h50

O governo do Amazonas disse em resposta a questionamentos da reportagem que parte da força da Família do Norte (FDN) vem da intimidação que seus integrantes realizam contra outros presos. "A violência é, justamente, o maior mecanismo de dominância dessas facções, dentro e fora dos presídios. Pelo tamanho que a FDN possui, o preso sabe que se desobedecer corre risco de morte. Então se integrar a uma facção acaba sendo uma espécie de estratégia de sobrevivência", diz a gestão de Amazonino Mendes (PDT).

Mendes, que assumiu o governo em outubro após a cassação de José Melo (PROS), diz que tem atacado o tráfico de drogas, "principal fonte de renda do crime e das facções". Sobre o Compaj, listou uma série de mudanças, como a recuperação das áreas destruídas e o reforço no sistema de monitoramento. "A Polícia Civil conduziu as investigações sobre os envolvidos no massacre. Com o inquérito concluído, o MPE denunciou 213 pessoas suspeitas de envolvimento com o massacre."

O secretário adjunto de Justiça do Estado de Roraima, capitão PM Diego Bezerra, disse esperar melhorias significativas no sistema penitenciário em 2018 com a reforma da Penitenciária Agrícola Monte Cristo, à retomada da construção da penitenciária de Rorainópolis, à construção de um novo presídio nas proximidades da Monte Cristo e à reforma do anexo da Cadeia Pública.

A Secretaria de Justiça do Rio Grande do Norte não reconhece superlotação em Alcaçuz e afirma que vai distribuir os presos nos demais pavilhões, quando os 571 novos agentes assumirem os postos de trabalho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.