Brasil vira republiqueta se trivializar impeachment, diz Moreira Franco
"Nossas instituições foram robustas o suficiente pra absorver mais um impeachment (o de Dilma Rousseff, em 2016, após o de Fernando Collor, em 1992)", disse o ministro, em entrevista exibida na madrugada desta segunda-feira, 26, no programa Canal Livre, da Band. "Esse é um problema que nós vamos ter que discutir. Não podemos tornar impeachment trivial. Já foram dois. Temos que encontrar um mecanismo, no Congresso - que é quem tem que tomar essas decisões - pra que não se trivialize esse mecanismo de impeachment. Senão vai virar uma republiqueta."
O fato de ter assumido o País após um impeachment, segundo Moreira Franco, torna mais difícil para o presidente Michel Temer ser reconhecido e admirado pela população. "Ele (Temer) não passou por um processo eleitoral. Então o nível de percepção, de conhecimento, de empatia, de aderência, de cumplicidade humana que é forjada em um processo eleitoral não houve. A candidata era outra. E vice é vice. Está lá no palanque pra tirar fotografia. Ponto."
Moreira Franco afirmou que o processo de impeachment deixou "no chão" o que chamou de "liturgia do sistema presidencialista", o que impôs obstáculos para Temer conquistar popularidade. "O presidente Temer entra nessas circunstâncias. As pessoas conhecem o presidente Temer, não a pessoa Michel Temer. Você conhece a pessoa na campanha", disse o ministro. "Elas vão ter oportunidade de conhecê-lo", segundo ele, caso Temer confirme seu desejo de disputar as eleições presidenciais. O presidente aparece, no máximo, com 1% das intenções de voto nas pesquisas.
Bolsa Família. Na entrevista à Band, o ministro ainda negou que o governo tenha intenção de mudar o nome do programa Bolsa Família para Bolsa Dignidade, como foi aventado na semana passada. "Ninguém vai mudar o nome do Bolsa Família", disse Moreira Franco. (João Paulo Nucci - joão.nucci@estadao.com)
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