PSL adia cúpula da direita para evitar ações na Justiça
A reportagem apurou que, inicialmente, Bolsonaro decidiu cancelar sua participação na cúpula - organizada pelos deputados do PSL Fernando Francischini (PR) e Eduardo Bolsonaro (SP). Depois, ele chegou a cogitar ir à reunião, mas cancelar a palestra que estava programada. No início da noite, Eduardo anunciou em seu perfil do Facebook a mudança final. "A transferência foi motivada pela posição do presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, no sentido de que o evento poderia gerar questionamentos perante a Justiça Eleitoral", escreveu.
Integrantes do comando de campanha afirmaram que Bolsonaro teria ficado irritado com o custo do evento, que já chegaria a R$ 200 mil. Oficialmente, a organização informa que a reunião custará no "máximo R$ 100 mil", pagos pela Fundação Indigo, ligada ao partido. O Centro de Estudos em Seguridade (CES) apoiará o encontro.
A confusão em torno da reunião foi mais uma das dificuldades que têm envolvido a articulação da chapa do candidato, que lidera as pesquisas quando o ex-presidente Lula é excluído. Bolsonaro não consegue atrair partidos para uma aliança que amplie seu tempo de propaganda no rádio e na televisão, nem arregimentar um candidato a vice para compor sua chapa.
Há ainda rivalidades entre os antigos apoiadores de Bolsonaro, que o seguem ao longo de vários mandatos parlamentares, e os recém-chegados, atraídos pela campanha eleitoral. O presidente de honra e fundador do PSL, Luciano Bivar, protagoniza disputas com Bebianno e o vice do partido, Julian Lemos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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