Haddad diz estranhar que quem lutou pela redemocratização fique neutro na eleição
"As instituições no Brasil já não estão sólidas. E com uma figura como Bolsonaro à frente do Executivo, tudo pode acontecer. Inclusive ele ser expelido do sistema", afirmou Haddad, na entrevista. Segundo o petista, as propostas do candidato do PSL vão piorar a violência.
Sobre Venezuela, Haddad disse "não ter compromisso com nenhum regime autoritário" e que apoia a saída democrática.
O ex-prefeito paulistano voltou a dizer que houve falha de condução da política econômica no final do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, "seguido de sabotagem da oposição, do Eduardo Cunha e do Aécio Neves".
Sobre quem poderia ser o ministro da Fazenda em eventual governo do PT, Haddad afirmou que não citaria nomes, mas gostaria de alguém que tivesse a preocupação com geração de emprego. "Um banqueiro não está no meu horizonte. Porque banqueiro está preocupado com outra coisa. Não está preocupado em geração de emprego."
Perguntado a respeito de um eventual indulto, caso seja eleito, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso no âmbito da Operação Lava Jato -, Haddad afirmou que "é engraçado vocês me pedirem para me posicionar sobre algo que o presidente não está pedindo. Ele está pedindo um julgamento justo". O candidato petista disse também que "não vou ficar iludindo o eleitor de que eu não tenho vínculo com o Lula. Eu tenho. Fui ministro dele. Vou ouvi-lo quando eu achar conveniente".
Questionado se acredita que ainda é possível virar o cenário - diante do favoritismo de Bolsonaro para vencer o segundo turno da eleição presidencial - Haddad respondeu que "saiu de 4% [das intenções de voto] para 42% em 30 dias". "Não acho nada impossível a gente chegar em 50% em mais 15 dias."
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