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Em vídeo, Zema compara Palácio do Governo de Minas com 'Mansão das Mordomias'

Julia Affonso e Ricardo Brandt

São Paulo

31/10/2018 20h39

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), critica as "mordomias" do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do Governo do Estado. O empresário venceu o segundo turno da eleição no domingo, 28, com 71,80% dos votos, contra Antônio Anastasia, do PSDB, que teve 28,20% dos votos.

Zema informou, durante a campanha, que não vai residir no Palácio, mas sim em imóvel próprio perto da Cidade Administrativa, sede oficial do governo mineiro.

O governador eleito diz no vídeo que pretende transformar o Palácio no "Museu das Mordomias". A ideia de Zema é que o Palácio das Mangabeiras, caso não seja financeiramente viável ser transformado em museu, possa, por exemplo, virar um hotel por meio de concessão.

"O primeiro ato que eu quero assinar como governador de Minas Gerais é transformar a residência oficial do governador, o Palácio das Mangabeiras, no 'Museu das Mordomias', para que todo mineiro veja como vive o imperador de Minas Gerais, um Estado falido, que sequer tem dinheiro para estar pagando os seus professores, militares e aposentados pontualmente", afirmou.

"E que, a partir do meu mandato, incluindo eu, todo governador que more na sua própria residência, porque a monarquia no Brasil já acabou há 130 anos e os nossos políticos ainda se sentem no direito de viver como a nobreza nos palácios. Isso é coisa da história que já ficou para trás, precisamos inaugurar uma nova era."

Empresário de 54 anos, Romeu Zema nasceu em Araxá, na região do Triângulo Mineiro, e comandou por mais de 15 anos o Grupo Zema, empresa familiar que atualmente tem mais de 850 estabelecimentos em nove Estados brasileiros e que é composto por lojas de eletrodomésticos, distribuição de combustíveis, concessionárias e financeiras.

Em sua primeira disputa eleitoral, Zema procurou se colocar como alternativa para "os mesmos políticos de sempre" e se apresentou como gestor. Sua principal proposta é promover um enxugamento da máquina pública, com corte de cargos, secretarias e privilégios. Em um Estado onde os salários dos servidores são escalonados, o candidato assinou um compromisso, em cartório, de que só receberá o salário de governador, após todos os servidores terem recebido.