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Justiça adia julgamento de ex-PM acusado de chacina na Pavilhão 9

Integrantes da torcida organizada do Corinthians realizam homenagem aos mortos em chacina na porta da sede do time, na Praça da Sé, em São Paulo, em 2016 - André Lucas Almeida/Futura Press/Estadão Conteúdo
Integrantes da torcida organizada do Corinthians realizam homenagem aos mortos em chacina na porta da sede do time, na Praça da Sé, em São Paulo, em 2016 Imagem: André Lucas Almeida/Futura Press/Estadão Conteúdo

Bruno Ribeiro

23/01/2019 14h43

A Justiça de São Paulo adiou o júri popular que julgaria o ex-policial militar Rodney Dias dos Santos, acusado de participar da chacina da torcida Pavilhão 9, do Corinthians, que terminou com oito pessoas executadas a tiros em 2015. A audiência estava marcada para esta quarta-feira, 23. Segundo o Tribunal de Justiça, uma série de testemunhas faltaram à sessão, o que causou o aditamento. O julgamento foi remarcado para o dia 25 de março, uma segunda-feira.

A chacina ocorreu em março daquele ano, à noite, durante um churrasco na quadra da Pavilhão, na Ponte dos Remédios, zona norte de São Paulo, que antecedia uma partida entre Corinthians e Palmeiras. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), Santos e mais duas pessoas renderam todos os presentes na festa porque buscava Fábio Neves Domingos, o "Dumemo", de 34 anos.

Dumemo e Santos, ainda segundo o MPE, eram traficantes de droga que atuavam na região do Ceagesp, e estavam disputando espaço. O ex-PM, na época ainda policial, teria ido à quadra para assassinar o rival. Os demais mortos teriam sido asssissinados para não revelar os autores dos crimes.

Seis testemunhas estavam convocadas para o julgamento. Quatro eram da defesa de Santos.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Santos.