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Toffoli se emociona e diz que Brasil tem Judiciário 'sério, que não se dobra'

7.nov.2019 - Ministro Dias Toffoli, presidente do STF, durante julgamento sobre prisão após segunda instância - FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
7.nov.2019 - Ministro Dias Toffoli, presidente do STF, durante julgamento sobre prisão após segunda instância Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Fábio Grellet

Rio

12/11/2019 22h09

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou na noite desta terça-feira, 12, que "no Brasil nós temos um Judiciário sério, que não se dobra aos poderosos e não se dobra à imprensa". A afirmação foi feita durante discurso de 18 minutos e meio proferido na solenidade de abertura do 14º Congresso Nacional das Defensoras e Defensores Públicos, realizado em um teatro no centro do Rio de Janeiro.

Em outro momento do discurso, o presidente do STF se emocionou ao relembrar um episódio do período em que atuou como defensor público em São Paulo. Ele afirmou que aos 24 anos, ainda recém-formado, recebeu moradores de uma favela que tinham sido alvos de uma ordem de despejo. "Marquei uma reunião com eles, analisei os documentos (...) e eles estão lá até hoje", afirmou, concluindo a narração com voz embargada. Toffoli encerrou o discurso dizendo que a Defensoria Pública tem "um parceiro" no Supremo, e foi aplaudido por mais de um minuto. O presidente do STF saiu do evento sem falar com a imprensa.

Witzel

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), também discursou durante o evento e, sem citar Jair Bolsonaro (PSL), deu algumas alfinetadas no presidente. Witzel discorreu sobre os pilares da democracia, elogiou a decisão do STF de permitir a prisão apenas após condenação definitiva ("se quiserem mudar, façam outra Constituição") e disse que, "se puder", vai comparecer à posse do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, em 10 de dezembro.