Coronavírus: futuro ministro da Alemanha recomenda evitar viagens no Natal
São Paulo - O futuro ministro de Transportes da Alemanha, designado para o novo governo do próximo chanceler Olaf Scholz, Volker Wissing, disse neste domingo, 5, ao jornal Bild am Sonntag que, "na atual situação, parece ser mais sensato passar o Natal com um grupo pequeno em casa e não planejar grandes viagens pelo país". "O inverno de 2021 será mais dramático do que o de 2020", continuou, reporta a Associated Press. Scholz e sua equipe devem assumir a administração do país na quarta-feira, a depender da assinatura de um acordo de coalizão e do apoio de uma maioria parlamentar a Scholz.
Líderes federais e estaduais alemães anunciaram na quinta-feira, 2, novas restrições principalmente para pessoas não vacinadas, como proibição para entrar lojas, restaurantes e locais esportivos e culturais considerados não essenciais. O parlamento também avalia estabelecer um mandato geral de vacinação. Em torno de 68,9% dos alemães estão totalmente vacinados contra covid-19, abaixo da meta do governo, de no mínimo 75%. O déficit foi considerado um fator-chave para o aumento de novos casos nas últimas semanas. No domingo, o centro nacional de controle de doenças alemão relatou 42.055 novos casos. Outras 94 mortes em 24 horas elevaram o total confirmado na Alemanha durante a pandemia para 103.040.
No Japão, a agência de notícias Kyodo News informou que o governo vai tentar reduzir o intervalo entre a segunda e terceira doses da vacina, "sempre que possível", de acordo com declaração neste domingo do secretário-chefe de gabinete do governo Seiji Kihara, em entrevista a programa da TV Fuji. A administração do país havia estabelecido inicialmente um período de ao menos oito meses após a segunda dose para a dose de reforço; depois, encurtou o prazo para seis meses em casos excepcionais. Mais tarde, voltou a revisar a política para "oito meses em princípio", gerando confusão em governos locais.
Kihara disse que o governo japonês está trabalhando com os governos locais para encurtar o intervalo para pelo menos seis meses, "com base em sua capacidade", tendo em vista a perspectiva de aprovação da vacina da Moderna para uso como reforço. O Japão começou na última quarta-feira a administrar terceiras doses do imunizante da Pfizer e BioNTech a profissionais de saúde que receberam a segunda dose há oito meses ou mais. A vacina da Pfizer é atualmente a única aprovada no Japão para reforço.
A Coreia do Sul relatou no domingo mais três casos da variante do coronavírus Ômicron, elevando o total confirmado a 12, segundo a Agência de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA), informa a Reuters. No sábado, 4, foram reportados 5.128 novos casos de covid-19. O país contabiliza ao todo 473.034 casos e 3.852 mortes. A partir desta segunda-feira, 6, pessoas que visitarem 14 espaços públicos designados, incluindo lugares de entretenimento, terão de mostrar o comprovante de vacinação, enquanto o governo define um plano para reduzir o risco de disseminação comunitária.
Nos Estados Unidos, dez pessoas a bordo de um navio da Norwegian Cruise Line que se aproxima de New Orleans testaram positivo para covid-19, conforme reporte de autoridades na noite de sábado. A Associated Press informou, com base em comunicado do Departamento de Saúde da Louisiana, que o navio partiu de New Orleans em 28 de novembro e retornará neste fim de semana. Na última semana, a embarcação fez escalas em Belize, Honduras e México, com mais de 3.200 pessoas a bordo. De acordo com o comunicado, a Norwegian "aderiu a protocolos de quarentena e isolamento apropriados, pois novos casos e exposições foram identificados a bordo do navio". Antes do desembarque em New Orleans, cada pessoa fará teste e as que testarem positivo vão diretamente para casa ou se isolarão em acomodações fornecidas pela empresa de cruzeiros.
Clarice Couto
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