Endometriose e síndrome do Ovário Policístico; entenda o diagnóstico
Tanto a endometriose como a Síndrome do Ovário Policístico são problemas comuns entre as brasileiras. Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas tenham o diagnóstico de SOP no País, e em torno de 7 milhões de mulheres (10 a 15% das que estão em idade fértil) convivam com a endometriose, segundo dados da Sociedade Brasileira de Endometriose. As duas doenças podem ter impacto na fertilidade.
Entenda os sintomas:
O que é a endometriose?
A endometriose ocorre quando células do endométrio - o tecido que reveste o útero - que deveriam ser expelidas durante a menstruação se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, provocando o crescimento do tecido endometrial fora do útero. O ultrassom pélvico e transvaginal e a ressonância magnética são os principais métodos por imagem para detecção da endometriose.
As pacientes relatam cólicas fortes, alterações intestinais na menstruação, dores durante a relação sexual e problemas para engravidar. Além da dor física, há também o fator emocional, porque muitas vezes as mulheres não têm seus sintomas reconhecidos pelos médicos ou pelos parceiros.
O tratamento para a endometriose pode ser clínico, para aliviar os sintomas de dor e melhorar a qualidade de vida da paciente. Também podem ser indicados medicamentos para bloqueio da ovulação. O problema costuma regredir espontaneamente com a menopausa.
Cirurgias são uma alternativa quando o tratamento clínico for ineficaz ou em situações específicas, como lesões maiores. O procedimento cirúrgico foi a opção para a cantora Anitta em julho deste ano.
O que é a Síndrome do Ovário Policístico?
A Síndrome do Ovário Policístico é um distúrbio hormonal em que pequenas bolsas, os cistos, se formam dentro dos ovários, que, posicionados um de cada lado do útero, são os órgãos responsáveis por produzir os hormônios sexuais femininos. O quadro, considerado crônico, pode causar desde sintomas como menstruações irregulares e acne até obesidade e infertilidade.
Assim como na endometriose, a causa dessa síndrome não é inteiramente conhecida pela medicina. Mas especialistas relatam que grande parte das pacientes apresenta problemas hormonais, como excesso de produção de insulina pelo pâncreas e produção de hormônios masculinos por problemas nas glândulas adrenais, na hipófise e no hipotálamo.
Conheça alguns dos sintomas que podem indicar a SOP:
- Ciclos menstruais irregulares, com menstruações espaçadas, ausência delas ou fluxo muito intenso;
- Casos acentuados de acne, já que as glândulas sebáceas produzem mais oleosidade;
- Aumento dos pelos em regiões do corpo como o rosto, seios e abdômen (hirsutismo);
- Quadros de infertilidade;
- Possível tendência ao ganho de peso;
- Queda de cabelo;
- Depressão.
Para diagnosticar essa síndrome, os ginecologistas avaliam os sintomas relatados e resultados de exames de sangue que medem os hormônios e de imagem, como o ultrassom transvaginal.
O tratamento busca atenuar os sintomas e pode ser realizado com o controle de hormônios e medicamentos que ajudam a regular a menstruação, a produção de sebo pelas glândulas sebáceas e o crescimento de pelos. Exercitar-se e manter uma boa alimentação ajudam.
Também pode ser feito tratamento para infertilidade ou prevenir diabete e colesterol alto, se esses fizerem parte dos sinais clínicos apresentados.
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