Thiago Brennand terá primeira audiência sobre acusação de estupro no dia 30, em Porto Feliz
A realização da audiência, na 2ª Vara da Comarca de Porto Feliz, foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O processo tramita em segredo de Justiça. A audiência é de instrução do processo.
Conforme o Código de Processo Penal, o juiz vai ouvir as declarações da vítima e interrogar o réu. Em seguida, ouvirá as testemunhas da acusação e da defesa. Se não houver mais provas a serem produzidas, as partes apresentam as alegações finais e o juiz pode proferir o julgamento. O crime de estupro tem pena prevista de 6 a 10 anos de reclusão.
O caso foi denunciado pela mulher ao Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAV) do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A mulher contou que se relacionou com Thiago Brennand durante dois meses, de junho a agosto de 2021. Nesse período ele a levou para Porto Feliz e, depois de se mostrar muito gentil e amigável, mudou de comportamento e passou a ser agressivo, chegando a amarrar suas mãos e forçar o ato sexual. A mulher conheceu o empresário após ter se interessado pela compra de um cavalo dele.
Segundo a denúncia, Brennand gravou cenas íntimas com a mulher e passou a fazer ameaças de divulgar as imagens, caso ela rompesse o relacionamento. A Justiça acatou a denúncia apresentada pelo Ministério Público no dia 5 de novembro de 2022. Também expediu um mandado de prisão contra ele. O empresário responde ainda a outros processos pelos crimes de estupro, ameaça, lesão corporal, corrupção de menores, sequestro, cárcere privado, calúnia, injúria e difamação.
Ele viajou para o exterior um dia antes da expedição do primeiro mandado de prisão, mas foi preso nos Emirados Árabes e extraditado para o Brasil no dia 29 de abril. O empresário cumpre prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros, na capital. Durante a audiência de custódia, após sua chegada ao Brasil, Brennand disse que faz uso contínuo de medicamentos para depressão, ansiedade e distúrbios do sono.
Procurada pelo Estadão, a defesa do empresário não deu retorno até a publicação dessa reportagem.
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