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Eliminação do termo 'ditadura' incita debate, diz ministro chileno

Em Santiago

05/01/2012 17h51

A eliminação da expressão "ditadura militar" dos livros escolares do Chile para se referir à gestão de Augusto Pinochet (1973-1990) "marca um convite ao debate" e não proíbe sua utilização por parte do professores, assegurou hoje o ministro de Educação, Harald Beyer.

Segundo ele, as bases de ensino anteriores estavam caracterizadas por "conteúdos mínimos e objetivos fundamentais" e agora estarão marcadas por "objetivos temáticos" que incitam uma discussão "ampla" e "muito rica". "Este é o objetivo, desenvolver o pensamento crítico", afirmou.

Beyer ainda destacou que os professores "não precisam educar com este termo. Podem continuar usando a palavra ditadura ou aquela que julgarem conveniente". Ele anunciou ontem que o termo "ditadura militar" será substituído por "regime militar" nas apostilas chilenas, o que causou polêmica entre alguns setores da população.

O ministro acrescentou que existe uma leitura errada do caso. "São bases curriculares. Isto não impõe nenhuma visão sobre os textos escolares".