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Dilma e premiê italiano discutem casos de Battisti e Pizzolato

A presidente da República, Dilma Rousseff, e o premiê italiano, Matteo Renzi, são saudados por membros da guarda de honra no palácio de Chigi"s Premier, em Roma - Giuseppe Lami/AP
A presidente da República, Dilma Rousseff, e o premiê italiano, Matteo Renzi, são saudados por membros da guarda de honra no palácio de Chigi's Premier, em Roma Imagem: Giuseppe Lami/AP

De Roma

10/07/2015 12h53

A presidente Dilma Rousseff debateu nesta sexta-feira (10) com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, imbróglios judiciais que atingem os dois países, em uma clara referência aos processos de extradição do ex-ativista Cesare Battisti e do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. A mandatária, que iniciou hoje uma visita de dois dias à Itália, foi recebida por Renzi no Palácio Chigi, em Roma, e pelo presidente italiano, Sergio Mattarella, no Palácio do Quirinal. Em uma coletiva de imprensa, o chefe de governo italiano disse que, no encontro, foram abordadas "questões judiciais abertas".   

"Espero, penso e acredito que a renovação dessa relação possa ajudar na solução dos casos mais difícieis", afirmou Renzi. Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato no processo do mensalão, em novembro de 2013. Após a sentença, ele fugiu para a Itália onde foi preso por portar documentos falsos.   

Desde fevereiro de 2014, o Brasil tenta extraditá-lo para que cumpra a pena no país.   

Já o italiano Cesare Battisti, ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) nos anos 1970, foi condenado à prisão perpétua em seu país por "terrorismo" e envolvimento em quatro assassinatos.   

Para escapar da cadeia, ele se mudou para a França, mas fugiu quando teve sua extradição autorizada. De lá, viajou ao México e, em seguida, ao Brasil, onde foi preso em 2007. O STF chegou a autorizar sua extradição, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, no último dia de seu segundo mandato, mantê-lo no país. No mês passado, Lula esteve na Itália e se reuniu com Renzi, com quem discutiu temas políticos. Dilma ficará na Itália até amanhã, acompanhada por uma delegação de ministros. Em sua agenda de hoje, ainda consta um encontro com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano.   

Ela partirá nesta noite para Milão para visitar o pavilhão do Brasil na feira universal Expo Milão 2015. De acordo com uma nota da Presidência brasileira, este foi o primeiro encontro oficial de Dilma com Mattarella e Renzi. O Palácio do Planalto destacou que o país tem interesse em assuntos de comércio, investimentos, defesa, educação e fortalecimento de parcerias com a Itália. Em 2014, a Itália foi um dos 10 principais parceiros comerciais do Brasil. Com mais de 1,2 mil empresas atuando no território brasileiro, também figura entre os 10 principais países que mais investem no país. (ANSA)

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