Malala critica proposta de Trump: 'Ideologia do ódio'

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai disse nesta quarta-feira (16) que o pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump prega uma "ideologia do ódio".   

Recentemente, o magnata defendeu que os EUA deveriam proibir a entrada de muçulmanos em seu território devido ao massacre de San Bernardino, no início de dezembro, que deixou 14 mortos. "É importante que, independentemente de qualquer coisa que digam os políticos e a imprensa, estejamos muito, mas muito atentos. Se a intenção é acabar com o terrorismo, não se deve culpar todos os muçulmanos, porque esse não é o modo certo. A única coisa que isso causa é radicalizar cada vez mais as pessoas", declarou a ativista paquistanesa, em entrevista a uma emissora britânica.   

Malala também ressaltou que a melhor maneira de combater o extremismo é promover "educação de qualidade", sua maior bandeira. A jovem de apenas 18 anos se tornou, em 2014, a mais nova vencedora do Nobel da Paz, concedido a ela por conta de sua luta pelo direito ao ensino, principalmente das mulheres.   

Dois anos antes, seu ativismo lhe rendera um atentado cometido pelo Talibã, que a baleou na cabeça. Malala esteve à beira da morte, mas se recuperou no Reino Unido, onde vive até hoje. Ela criticou Donald Trump após o presidenciável ter sugerido o veto aos muçulmanos por causa do ataque em San Bernardino, realizado por um casal simpatizante do grupo jihadista Estado Islâmico.