A um mês das Olimpíadas, Rio corre contra o tempo
ROMA, 04 JUL (ANSA) - Falta apenas um mês para aquelas que, devido ao cenário natural, são consideradas as Olimpíadas mais belas da história. No entanto, sob o Cristo Redentor ainda pairam problemas não resolvidos, e o Rio de Janeiro corre contra o tempo para saná-los até o início dos Jogos.
A cerimônia de abertura será no dia 5 de agosto, no Maracanã, e a honra de acender a pira olímpica deve ficar com o ex-jogador de futebol Pelé, ainda que ele nunca tenha sido atleta olímpico.
De qualquer maneira, o nome do "Rei" não foi confirmado até o momento.
Os locais de competição estão praticamente prontos, incluindo as estruturas temporárias na praia de Copacabana para o vôlei de praia, mas a linha 4 do metrô carioca só deve ser inaugurada em 1º de agosto e não chegará ao Parque Olímpico da Barra da Tijuca.
De resto, o Brasil, e o Rio de Janeiro em particular, estão vivendo "um dia de cada vez", até pela pesada recessão enfrentada pelo país e pela situação de calamidade das contas públicas do estado fluminense - por conta disso, as últimas contribuições financeiras para os Jogos chegarão do governo federal.
O certo é que nenhum dos objetivos ambientais, que eram o ponto forte do dossiê de candidatura da "cidade maravilhosa", será respeitado. Houve avanços na Baía de Guanabara, já que sete estações de tratamento fizeram aumentar de 16% para 48% a sua parcela de água "limpa", mas o número está distante dos 80% que haviam sido prometidos ao Comitê Olímpico Internacional (COI).
O mesmo discurso vale para a lagoa Rodrigo de Freitas, que deveria ter se tornado própria para banho, mas será preciso torcer para que nenhum atleta caia na água. Ainda pior está a lagoa de Jacarepaguá, que margeia o Parque Olímpico e de onde, em setembro de 2015, foi retirada uma tonelada de peixes mortos.
Se isso se repetir durante os Jogos, o vexame será planetário.
Mas, apesar de tudo, a expectativa está em alta, assim como a corrida por ingressos, cujas vendas até então estavam abaixo do esperado. A abertura de pontos de comercialização em zonas estratégicas e shoppings fez com que aumentasse o interesse do grande público, e agora se espera um resultado pelo menos bom do ponto de vista de lotação das arenas.
Resta ainda, no olhar estrangeiro, o problema do vírus zika, não tão sentido agora pelos brasileiros, que se habituaram à epidemia e sabem como evitar contaminação. Além disso, os Jogos serão no inverno, quando diminui o risco de contágio por meio de picadas do Aedes aegypti.
Muito mais séria parece a questão da segurança, principalmente após os recentes episódios de assaltos contra membros de delegações de várias nacionalidades que treinavam ou apenas passeavam pela cidade. As autoridades preveem resolvê-la à moda da Copa do Mundo de 2014, com o emprego maciço de militares.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A cerimônia de abertura será no dia 5 de agosto, no Maracanã, e a honra de acender a pira olímpica deve ficar com o ex-jogador de futebol Pelé, ainda que ele nunca tenha sido atleta olímpico.
De qualquer maneira, o nome do "Rei" não foi confirmado até o momento.
Os locais de competição estão praticamente prontos, incluindo as estruturas temporárias na praia de Copacabana para o vôlei de praia, mas a linha 4 do metrô carioca só deve ser inaugurada em 1º de agosto e não chegará ao Parque Olímpico da Barra da Tijuca.
De resto, o Brasil, e o Rio de Janeiro em particular, estão vivendo "um dia de cada vez", até pela pesada recessão enfrentada pelo país e pela situação de calamidade das contas públicas do estado fluminense - por conta disso, as últimas contribuições financeiras para os Jogos chegarão do governo federal.
O certo é que nenhum dos objetivos ambientais, que eram o ponto forte do dossiê de candidatura da "cidade maravilhosa", será respeitado. Houve avanços na Baía de Guanabara, já que sete estações de tratamento fizeram aumentar de 16% para 48% a sua parcela de água "limpa", mas o número está distante dos 80% que haviam sido prometidos ao Comitê Olímpico Internacional (COI).
O mesmo discurso vale para a lagoa Rodrigo de Freitas, que deveria ter se tornado própria para banho, mas será preciso torcer para que nenhum atleta caia na água. Ainda pior está a lagoa de Jacarepaguá, que margeia o Parque Olímpico e de onde, em setembro de 2015, foi retirada uma tonelada de peixes mortos.
Se isso se repetir durante os Jogos, o vexame será planetário.
Mas, apesar de tudo, a expectativa está em alta, assim como a corrida por ingressos, cujas vendas até então estavam abaixo do esperado. A abertura de pontos de comercialização em zonas estratégicas e shoppings fez com que aumentasse o interesse do grande público, e agora se espera um resultado pelo menos bom do ponto de vista de lotação das arenas.
Resta ainda, no olhar estrangeiro, o problema do vírus zika, não tão sentido agora pelos brasileiros, que se habituaram à epidemia e sabem como evitar contaminação. Além disso, os Jogos serão no inverno, quando diminui o risco de contágio por meio de picadas do Aedes aegypti.
Muito mais séria parece a questão da segurança, principalmente após os recentes episódios de assaltos contra membros de delegações de várias nacionalidades que treinavam ou apenas passeavam pela cidade. As autoridades preveem resolvê-la à moda da Copa do Mundo de 2014, com o emprego maciço de militares.
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