Leonardo Boff diz que impeachment 'pode virar golpe militar'
SÃO PAULO, 31 AGO (ANSA) - O teólogo Leonardo Boff contou à ANSA que teme que o afastamento de Dilma Rousseff pelo Senado transforme-se em um "golpe militar".
"Os riscos desse golpe parlamentar é que se transforme num golpe militar. Há consciência no povo, segundo a qual não se tolera mais um golpe para favorecer a classe dominante. Se a reação dos movimentos sociais for forte, o que se presume, os golpistas civis poderão chamar de novo os militares como fizeram em 1964", destacou Boff.
Ainda segundo o teólogo, "os militares, a pretexto de preservar a ordem, podem começar a reprimir, perseguir, prender e, como se faz comumente nas prisões, torturar. Isso não é impossível pois, na Constituição, está que havendo ameaça à ordem pública eles legalmente podem intervir".
Para Boff, toda essa ação foi causada pela "classe dominante", que como não vencia as eleições presidenciais, "decidiu voltar ao poder sem o voto popular". "Trata-se novamente de um golpe da classe dos privilegiados, dos 71 mil ultra-ricos que nunca aceitaram o PT, Lula e Dilma. Não aceitam uma democracia social para todos, mas só uma democracia para poucos, onde eles detêm o poder e decidem de costas ao povo", diz ainda o teólogo.
Amigo do papa Francisco, Boff foi o primeiro a informar que o líder da Igreja Católica havia enviado uma carta à então presidente Dilma Rousseff, pouco antes do processo de afastamento ser concluído. Ele ainda confirmou que o Pontífice está acompanhando a situação no Brasil.
"Dilma se fez amiga do papa Francisco. Este aprendeu a amar o povo brasileiro, especialmente, após o encontro mundial da juventude no Rio de Janeiro. Ele recebeu uma delegação de alguns brasileiros à frente de uma conhecida jurista e uma famosa artista, Letícia Sabatella, e se solidarizou com a preservação da democracia", ressaltou.
Sem citar o que estava escrito no documento, Boff disse, no entanto, que Dilma recebeu uma carta de apoio do Papa, mas por respeito a ele, não quis divulgar o conteúdo. "Mas sei que foi de condenação de um eventual golpe e o apoio da democracia de cunho social", finalizou. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Os riscos desse golpe parlamentar é que se transforme num golpe militar. Há consciência no povo, segundo a qual não se tolera mais um golpe para favorecer a classe dominante. Se a reação dos movimentos sociais for forte, o que se presume, os golpistas civis poderão chamar de novo os militares como fizeram em 1964", destacou Boff.
Ainda segundo o teólogo, "os militares, a pretexto de preservar a ordem, podem começar a reprimir, perseguir, prender e, como se faz comumente nas prisões, torturar. Isso não é impossível pois, na Constituição, está que havendo ameaça à ordem pública eles legalmente podem intervir".
Para Boff, toda essa ação foi causada pela "classe dominante", que como não vencia as eleições presidenciais, "decidiu voltar ao poder sem o voto popular". "Trata-se novamente de um golpe da classe dos privilegiados, dos 71 mil ultra-ricos que nunca aceitaram o PT, Lula e Dilma. Não aceitam uma democracia social para todos, mas só uma democracia para poucos, onde eles detêm o poder e decidem de costas ao povo", diz ainda o teólogo.
Amigo do papa Francisco, Boff foi o primeiro a informar que o líder da Igreja Católica havia enviado uma carta à então presidente Dilma Rousseff, pouco antes do processo de afastamento ser concluído. Ele ainda confirmou que o Pontífice está acompanhando a situação no Brasil.
"Dilma se fez amiga do papa Francisco. Este aprendeu a amar o povo brasileiro, especialmente, após o encontro mundial da juventude no Rio de Janeiro. Ele recebeu uma delegação de alguns brasileiros à frente de uma conhecida jurista e uma famosa artista, Letícia Sabatella, e se solidarizou com a preservação da democracia", ressaltou.
Sem citar o que estava escrito no documento, Boff disse, no entanto, que Dilma recebeu uma carta de apoio do Papa, mas por respeito a ele, não quis divulgar o conteúdo. "Mas sei que foi de condenação de um eventual golpe e o apoio da democracia de cunho social", finalizou. (ANSA)
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