Temer vai à China de olho nos investimentos e na Justiça
BRASÍLIA, 31 AGO (ANSA) - Por Darío Pignotti - O presidente do Brasil, Michel Temer, chegou à China nessa quinta-feira (31), onde realiza sua viagem mais ambiciosa a ser cumprida em um ano de governo, enquanto surgem rumores sobre uma nova delação que pode complicar sua situação.
Nesta quinta-feira, Temer se reuniu com empresários chineses com quem tratou sobre o programa de privatizações que inclui a gigante energética Eletrobras, aeroportos (entre eles o de São Paulo), a Casa da Moeda e portos.
"Apenas chegamos e já tivemos reuniões com empresários chineses, já que são quatro grandes empresas que estão investindo no Brasil", disse Temer a um enviado da agência estatal de notícias.
"Vocês sabem que hoje as notícias circulam de maneira imediata e o que eles me disseram é que há uma confiança absoluta no Brasil. O Brasil está começando a crescer e eles sabem. Os investidores não investem sem conhecer exatamente o que acontece no país" , acrescentou.
O mandatário terá ainda outro encontro com empresários chineses no próximo sábado (2) em Pequim.
O gigante asiático, que é o primeiro sócio comercial brasileiro desde 2009, foi escolhido por Temer como a "mesa de salvação" que pode resgatar a economia da letargia iniciada em 2015.
Naquele ano, o Brasil sofreu uma recessão de 3,8%, em 2016 caiu 3,5% e, para este ano, crescerá apenas 0,3%, segundo projetou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Temer jurou como presidente em 31 de agosto do ano passado, no dia em que o Senado finalizou o processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff. Pouco depois de tomar posse como chefe interino, ele embarcou para a China, em sua primeira viagem internacional.
Por certo, a agenda externa do presidente não tem sido o que mais merece destaque em sua gestão, dado que muitos líderes viajaram nos últimos meses para a América Latina e não fizeram escala em Brasília.
O concreto é que Temer iniciará formalmente sua visita de Estado à China nesta sexta-feira (1), quando será recebido pelo presidente local, Xi Jinping.
Essa viagem é considerada a mais importante porque, logo após se reunir com seu homólogo, ele participará da Cúpula dos presidentes do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
No entanto, uma série de notícias adversas acompanharam Temer ao desembarcar na China. A primeira foi a revogação judicial do decreto que extinguia uma área de conservação ambiental na Amazônia, medida que foi criticada pela modelo Gisele Bündchen, a raiz da qual ela teve repercussão mundial.
A outra novidade incômoda para o presidente foi que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estaria preparando uma outra denúncia contra Temer e que envolve o grupo do frigorífico da JBS.
Nesse contexto, ainda apareceu um lobista arrependido, Lucio Funaro, que teria mencionado Temer em sua colaboração para reduzir sua punição. Consultado sobre esses problemas, o presidente não demonstrou preocupação e disse que se trata de um assunto "que está no Poder Judicial, não depende de mim". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Nesta quinta-feira, Temer se reuniu com empresários chineses com quem tratou sobre o programa de privatizações que inclui a gigante energética Eletrobras, aeroportos (entre eles o de São Paulo), a Casa da Moeda e portos.
"Apenas chegamos e já tivemos reuniões com empresários chineses, já que são quatro grandes empresas que estão investindo no Brasil", disse Temer a um enviado da agência estatal de notícias.
"Vocês sabem que hoje as notícias circulam de maneira imediata e o que eles me disseram é que há uma confiança absoluta no Brasil. O Brasil está começando a crescer e eles sabem. Os investidores não investem sem conhecer exatamente o que acontece no país" , acrescentou.
O mandatário terá ainda outro encontro com empresários chineses no próximo sábado (2) em Pequim.
O gigante asiático, que é o primeiro sócio comercial brasileiro desde 2009, foi escolhido por Temer como a "mesa de salvação" que pode resgatar a economia da letargia iniciada em 2015.
Naquele ano, o Brasil sofreu uma recessão de 3,8%, em 2016 caiu 3,5% e, para este ano, crescerá apenas 0,3%, segundo projetou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Temer jurou como presidente em 31 de agosto do ano passado, no dia em que o Senado finalizou o processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff. Pouco depois de tomar posse como chefe interino, ele embarcou para a China, em sua primeira viagem internacional.
Por certo, a agenda externa do presidente não tem sido o que mais merece destaque em sua gestão, dado que muitos líderes viajaram nos últimos meses para a América Latina e não fizeram escala em Brasília.
O concreto é que Temer iniciará formalmente sua visita de Estado à China nesta sexta-feira (1), quando será recebido pelo presidente local, Xi Jinping.
Essa viagem é considerada a mais importante porque, logo após se reunir com seu homólogo, ele participará da Cúpula dos presidentes do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
No entanto, uma série de notícias adversas acompanharam Temer ao desembarcar na China. A primeira foi a revogação judicial do decreto que extinguia uma área de conservação ambiental na Amazônia, medida que foi criticada pela modelo Gisele Bündchen, a raiz da qual ela teve repercussão mundial.
A outra novidade incômoda para o presidente foi que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estaria preparando uma outra denúncia contra Temer e que envolve o grupo do frigorífico da JBS.
Nesse contexto, ainda apareceu um lobista arrependido, Lucio Funaro, que teria mencionado Temer em sua colaboração para reduzir sua punição. Consultado sobre esses problemas, o presidente não demonstrou preocupação e disse que se trata de um assunto "que está no Poder Judicial, não depende de mim". (ANSA)
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