Ex-médico de ginastas é condenado a até 175 anos por abuso
WASHINGTON, 24 JAN (ANSA) - O ex-médico da seleção norte-americana de ginástica Larry Nassar, 54, foi condenado nesta quarta-feira (24) a 175 anos de prisão por abuso sexual contra mais de uma centena de mulheres, muitas delas menores de idade. O tempo mínimo que ele terá de passar em regime fechado foi fixado em 40 anos A sentença foi estabelecida por um tribunal de Michigan, no norte dos Estados Unidos, e se soma aos 60 anos que Nassar já deve cumprir por causa de uma condenação anterior por posse de material de pornografia infantil.
Os abusos duraram mais de 20 anos e atingiram pelo menos 158 atletas da seleção de ginástica dos EUA, inclusive a estrela Simone Biles, vencedora de quatro medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Na audiência desta quarta-feira, Nassar pediu a palavra e, se dirigindo para as vítimas, afirmou que as palavras delas o "abalaram profundamente". "Reconheço que aquilo que estou sofrendo perde importância frente à dor, ao trauma e à devastação emotiva que vocês estão enfrentando. Não há palavras para descrever a profundidade e a vastidão do arrependimento que sinto", disse, com a voz entrecortada.
As palavras do ex-médico não comoveram a juíza Rosemarie Aquilina, que, ao pronunciar a sentença, afirmou que estava assinando a "sentença de morte" do réu. "Sua decisão de molestar foi calculada, desonesta e desprezível, você é um perigo", afirmou.
Segundo as vítimas, os abusos ocorriam quando elas eram tratadas de lesões por Nassar, que trabalhou na seleção de ginástica por duas décadas. Além de Biles, outras campeãs olímpicas foram abusadas pelo ex-médico, como Aly Raisman, Gabby Douglas, Jordyn Wieber e McKayla Maroney.
Durante o julgamento, 158 mulheres testemunharam contra Nassar, como a ginasta Kaylee Lorincz, que acusou o réu roubar sua "inocência". "Mas você cometeu um erro: subestimou nossa força.
Fomos fortes e conseguimos derrubá-lo", afirmou a atleta.
Os depoimentos foram encerrados por Rachael Denhollander, a primeira vítima a denunciar Nassar e que foi desacreditada no início. "Parecia que estávamos erradas e confusas, o abuso foi quase como uma arma apontada contra mim", disse. O ex-médico, que admitiu alguns episódios de violência sexual, ainda pode recorrer da sentença. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os abusos duraram mais de 20 anos e atingiram pelo menos 158 atletas da seleção de ginástica dos EUA, inclusive a estrela Simone Biles, vencedora de quatro medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Na audiência desta quarta-feira, Nassar pediu a palavra e, se dirigindo para as vítimas, afirmou que as palavras delas o "abalaram profundamente". "Reconheço que aquilo que estou sofrendo perde importância frente à dor, ao trauma e à devastação emotiva que vocês estão enfrentando. Não há palavras para descrever a profundidade e a vastidão do arrependimento que sinto", disse, com a voz entrecortada.
As palavras do ex-médico não comoveram a juíza Rosemarie Aquilina, que, ao pronunciar a sentença, afirmou que estava assinando a "sentença de morte" do réu. "Sua decisão de molestar foi calculada, desonesta e desprezível, você é um perigo", afirmou.
Segundo as vítimas, os abusos ocorriam quando elas eram tratadas de lesões por Nassar, que trabalhou na seleção de ginástica por duas décadas. Além de Biles, outras campeãs olímpicas foram abusadas pelo ex-médico, como Aly Raisman, Gabby Douglas, Jordyn Wieber e McKayla Maroney.
Durante o julgamento, 158 mulheres testemunharam contra Nassar, como a ginasta Kaylee Lorincz, que acusou o réu roubar sua "inocência". "Mas você cometeu um erro: subestimou nossa força.
Fomos fortes e conseguimos derrubá-lo", afirmou a atleta.
Os depoimentos foram encerrados por Rachael Denhollander, a primeira vítima a denunciar Nassar e que foi desacreditada no início. "Parecia que estávamos erradas e confusas, o abuso foi quase como uma arma apontada contra mim", disse. O ex-médico, que admitiu alguns episódios de violência sexual, ainda pode recorrer da sentença. (ANSA)
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