Papa compara aborto ao "nazismo" e chama de "santa" mulher que espera marido infiel
O papa Francisco fez neste sábado (16) uma dura crítica ao aborto, recém aprovado pela Câmara dos Deputados na Argentina, seu país natal. o pontífice chamou a interrupção da gravidez em caso de má-formação do feto de "nazismo de luvas brancas".
"No século passado, todo mundo se escandalizava com o que os nazistas faziam pela pureza da raça. Hoje fazemos o mesmo com as luvas brancas", afirmou o argentino Jorge Mario Bergoglio, em referência às mãos dos médicos e profissionais que realizam o aborto.
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"Está na moda, é normal que, em uma gravidez na qual a criança não está bem ou possui alguma ma formação, a primeira ideia é: 'vamos tirá-la?'. É homicídio de crianças. Para deixar a vida tranquila, mata-se um inocente", afirmou o papa, em uma audiência ao Fórum das Famílias no Vaticano.
Francisco também falou sobre outros temas relacionados à família moderna, como homossexualidade, infidelidade e "tempo para cuidar dos filhos". "Dói dizer isso hoje: fala-se sobre famílias diversificadas, de diversos tipos de família. Sim, é verdade que a palavra família é análoga, e existem a família das estrelas, das árvores, dos animais... Mas a família imaginada por Deus, homem e mulher, é uma só", afirmou o líder da Igreja Católica.
De acordo com ele, a sociedade atual também não pensa mais "na possibilidade de perder tempo" para ficar com os filhos, pois a família não é levada "em consideração". "Para ganhar dinheiro hoje, é preciso ter dois trabalhos", criticou. "Já os jovens têm o problema de que não podem se casar porque não têm emprego", disse. "Brinquem com seus filhos, passem um tempo com eles, sem dizer 'não me atrapalhe'", pediu Francisco.
Sobre a infidelidade e traições entre os casais, o Papa afirmou que uma mulher que "espera o marido infiel voltar" é "santa". "Tantas mulheres, mas também muitos homens, em silêncio esperando que o marido volte a ser fiel. Essa é a santidade que perdoa tudo porque ama", recomendou.
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