De vítima a acusada, Asia Argento divide opiniões
ROMA, 23 AGO (ANSA) - De símbolo do movimento contra o assédio #MeToo à suspeita de agressão sexual. Desde sua denúncia contra o produtor norte-americano Harvey Weinstein, a atriz italiana Asia Argento tem dividido a opinião pública.
Presente em diversos filmes, como "Maria Antonieta", de Sofia Coppola, Argento foi uma das primeiras a conceder ao jornalista Ronan Farrow a permissão de usar seu nome nas denúncias de violência sexual. Isso induziu outras mulheres a mostrarem seus rostos e denunciarem molestadores como Weinstein.
A também diretora de 42 anos, que já protagonizou várias campanhas contra o assédio sexual, hoje se encontra no papel de acusada. A denúncia contra Weinstein polarizou a opinião pública italiana à época: de um lado, a hashtag #ForzaAsia apoiava a atriz; de outro, muitos torceram o nariz por conta da espera de 20 anos para denunciar e criticaram o fato de ela ter continuado a fazer sexo com Weinstein mesmo depois do estupro em Cannes.
"Nós somos heroínas, mas não na Itália, só no resto do mundo", disse uma vez em entrevista a Farrow, denunciando que em seu país de origem existe uma "cultura de massacre de vítimas". E, por esse motivo, a atriz mora atualmente na Alemanha.
No mesmo período dessa entrevista, Argento criticou o jornalista, para quem revelara pela primeira vez sobre o estupro, pela forma deturpada por meio da qual ele publicara certos fatos na revista norte-americana "New Yorker".
Com seu estilo flamejante e declarações polêmicas, Argento causa tanto reações negativas quanto positivas. "As consciências estão acordando de novo, cada porco que cai é um título de honra", afirmou certa vez. Houve quem pedisse a prisão de Weinstein, quem dissesse que, se não fosse pelo sexo, ela não teria conseguido trabalhos, e quem julgasse: "mas depois ela ainda escolheu ficar junto dele".
A solidariedade, então, veio de mulheres como a italiana Gianna Nannini. "Ela abriu a estrada para quem quisesse contar os abusos que já sofreu", defendeu em outubro a cantora símbolo da libertação feminina.
Além disso, Argento foi amplamente atacada nas redes sociais em junho deste ano por causa do suicídio do seu namorado, Anthony Bourdain. Por fim, recentemente, a atriz declarou que o chef a ajudara a gerir as ameaças de Jimmy Bennet, músico que acusa Argento de abuso sexual e que supostamente passava por problemas financeiros quando pedira dinheiro à atriz. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Presente em diversos filmes, como "Maria Antonieta", de Sofia Coppola, Argento foi uma das primeiras a conceder ao jornalista Ronan Farrow a permissão de usar seu nome nas denúncias de violência sexual. Isso induziu outras mulheres a mostrarem seus rostos e denunciarem molestadores como Weinstein.
A também diretora de 42 anos, que já protagonizou várias campanhas contra o assédio sexual, hoje se encontra no papel de acusada. A denúncia contra Weinstein polarizou a opinião pública italiana à época: de um lado, a hashtag #ForzaAsia apoiava a atriz; de outro, muitos torceram o nariz por conta da espera de 20 anos para denunciar e criticaram o fato de ela ter continuado a fazer sexo com Weinstein mesmo depois do estupro em Cannes.
"Nós somos heroínas, mas não na Itália, só no resto do mundo", disse uma vez em entrevista a Farrow, denunciando que em seu país de origem existe uma "cultura de massacre de vítimas". E, por esse motivo, a atriz mora atualmente na Alemanha.
No mesmo período dessa entrevista, Argento criticou o jornalista, para quem revelara pela primeira vez sobre o estupro, pela forma deturpada por meio da qual ele publicara certos fatos na revista norte-americana "New Yorker".
Com seu estilo flamejante e declarações polêmicas, Argento causa tanto reações negativas quanto positivas. "As consciências estão acordando de novo, cada porco que cai é um título de honra", afirmou certa vez. Houve quem pedisse a prisão de Weinstein, quem dissesse que, se não fosse pelo sexo, ela não teria conseguido trabalhos, e quem julgasse: "mas depois ela ainda escolheu ficar junto dele".
A solidariedade, então, veio de mulheres como a italiana Gianna Nannini. "Ela abriu a estrada para quem quisesse contar os abusos que já sofreu", defendeu em outubro a cantora símbolo da libertação feminina.
Além disso, Argento foi amplamente atacada nas redes sociais em junho deste ano por causa do suicídio do seu namorado, Anthony Bourdain. Por fim, recentemente, a atriz declarou que o chef a ajudara a gerir as ameaças de Jimmy Bennet, músico que acusa Argento de abuso sexual e que supostamente passava por problemas financeiros quando pedira dinheiro à atriz. (ANSA)
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