Comissário da UE aponta risco de 'fascismo' na Itália
ESTRASBURGO, 24 OUT (ANSA) - O comissário da União Europeia para Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, denunciou nesta quarta-feira (24) o risco de "fascismo" na Itália, em meio ao braço de ferro com o país por causa de sua lei orçamentária.
Na última terça (23), Moscovici e o comissário europeu para o Euro, Valdis Dombrovskis, deram uma coletiva de imprensa para anunciar a rejeição do orçamento italiano para 2019, que prevê um déficit fiscal acima das metas estabelecidas por Bruxelas.
Após o fim do pronunciamento, um eurodeputado do partido ultranacionalista Liga, Angelo Ciocca, foi até a mesa, pegou anotações de Moscovici e as marcou com um sapato "made in Italy".
"O episódio do sapato made in Italy é grotesco. Primeiro damos risada e o banalizamos porque é ridículo, mas depois você se acostuma com uma violência simbólica e um dia acorda com o fascismo. Permaneçamos alertas, a democracia é um tesouro frágil", escreveu Moscovici no Twitter.
O francês é o responsável por negociar as leis orçamentárias dos Estados-membros e chefiará as difíceis tratativas com a Itália, que foi cobrada para revisar suas metas fiscais e de crescimento.
O governo de Giuseppe Conte decidiu expandir o déficit para 2,4% do PIB em 2019 para financiar promessas eleitorais, como a renda básica de cidadania e a revogação da reforma previdenciária.
A UE, no entanto, pede que o déficit estrutural da Itália fique pouco acima de 1% do Produto Interno Bruto, para permitir o início de um percurso de redução de sua dívida pública, que é a segunda maior da zona do euro e uma das maiores do mundo (132% do PIB).
Bruxelas teme o surgimento de uma nova Grécia no bloco, mas dessa vez com uma das principais economias da União Europeia.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Na última terça (23), Moscovici e o comissário europeu para o Euro, Valdis Dombrovskis, deram uma coletiva de imprensa para anunciar a rejeição do orçamento italiano para 2019, que prevê um déficit fiscal acima das metas estabelecidas por Bruxelas.
Após o fim do pronunciamento, um eurodeputado do partido ultranacionalista Liga, Angelo Ciocca, foi até a mesa, pegou anotações de Moscovici e as marcou com um sapato "made in Italy".
"O episódio do sapato made in Italy é grotesco. Primeiro damos risada e o banalizamos porque é ridículo, mas depois você se acostuma com uma violência simbólica e um dia acorda com o fascismo. Permaneçamos alertas, a democracia é um tesouro frágil", escreveu Moscovici no Twitter.
O francês é o responsável por negociar as leis orçamentárias dos Estados-membros e chefiará as difíceis tratativas com a Itália, que foi cobrada para revisar suas metas fiscais e de crescimento.
O governo de Giuseppe Conte decidiu expandir o déficit para 2,4% do PIB em 2019 para financiar promessas eleitorais, como a renda básica de cidadania e a revogação da reforma previdenciária.
A UE, no entanto, pede que o déficit estrutural da Itália fique pouco acima de 1% do Produto Interno Bruto, para permitir o início de um percurso de redução de sua dívida pública, que é a segunda maior da zona do euro e uma das maiores do mundo (132% do PIB).
Bruxelas teme o surgimento de uma nova Grécia no bloco, mas dessa vez com uma das principais economias da União Europeia.
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