Espanhóis protestam contra enterro de Franco em Catedral
MADRI, 26 OUT (ANSA) - Milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira (25) contra a possível transferência dos restos mortais do ex-ditador espanhol, Francisco Franco, do Vale dos Caídos para a Catedral de La Almudena, no centro de Madri.
O ato reuniu diversos familiares de vítimas do franquismo e coletivos de memória histórica, que protestaram sob o lema "Madri sem Franco".
Em setembro, o Parlamento espanhol aprovou a exumação de Franco, já que ele está enterrado em um mausoléu construído para homenagear as vítimas da Guerra Civil, a mesma que o levou ao poder. Assim, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, ofereceu à família do ex-ditador a possibilidade de escolher o próximo lugar de enterro.
Desta forma, os netos de Franco elegeram a catedral de Madri, La Almudena, em pleno centro da cidade. Mesmo com os protestos, o governo afirmou que não poderá impedir que o enterro seja realizado na igreja porque precisa respeitar a decisão da família. Os parentes de Franco possuem uma cripta na catedral, onde está enterrada também a filha do ex-ditador.
Os coletivos, por sua vez, advertiram Sánchez, dizendo que o local se tornaria "um centro de peregrinação para os nostálgicos do franquismo". Além disso, os manifestantes consideram uma humilhação o enterro de Franco em La Almudena, já que mais de 100 mil vítimas do regime ditatorial estão enterradas em valas comuns.
"Que o levem para qualquer lugar, mas não para a catedral de Madri", disparou o porta-voz da manifestação, Julián Rebollo, que propôs o cemitério de El Pardo, às margens da capital, onde também foi enterrada a esposa de Franco, Carmen Polo.
Na manifestação, ouviam-se gritos de "Franco criminoso com apoio episcopal" e "Nem esqueço nem perdoo". Os organizadores lançaram ainda uma campanha online que já acumula mais de 96 mil assinaturas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O ato reuniu diversos familiares de vítimas do franquismo e coletivos de memória histórica, que protestaram sob o lema "Madri sem Franco".
Em setembro, o Parlamento espanhol aprovou a exumação de Franco, já que ele está enterrado em um mausoléu construído para homenagear as vítimas da Guerra Civil, a mesma que o levou ao poder. Assim, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, ofereceu à família do ex-ditador a possibilidade de escolher o próximo lugar de enterro.
Desta forma, os netos de Franco elegeram a catedral de Madri, La Almudena, em pleno centro da cidade. Mesmo com os protestos, o governo afirmou que não poderá impedir que o enterro seja realizado na igreja porque precisa respeitar a decisão da família. Os parentes de Franco possuem uma cripta na catedral, onde está enterrada também a filha do ex-ditador.
Os coletivos, por sua vez, advertiram Sánchez, dizendo que o local se tornaria "um centro de peregrinação para os nostálgicos do franquismo". Além disso, os manifestantes consideram uma humilhação o enterro de Franco em La Almudena, já que mais de 100 mil vítimas do regime ditatorial estão enterradas em valas comuns.
"Que o levem para qualquer lugar, mas não para a catedral de Madri", disparou o porta-voz da manifestação, Julián Rebollo, que propôs o cemitério de El Pardo, às margens da capital, onde também foi enterrada a esposa de Franco, Carmen Polo.
Na manifestação, ouviam-se gritos de "Franco criminoso com apoio episcopal" e "Nem esqueço nem perdoo". Os organizadores lançaram ainda uma campanha online que já acumula mais de 96 mil assinaturas. (ANSA)
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