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Trump cogita fechar fronteira com México contra migrantes

26/10/2018 10h45

WASHINGTON, 26 OUT (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está cogitando fechar a fronteira sul do país para impedir a entrada de imigrantes provenientes da América Central, segundo informou nesta sexta-feira (26) a imprensa norte-americana.   

A medida pode ocorrer em decorrência do avanço de uma caravana pelo México, que reúne milhares de imigrantes de países como Guatemala e Honduras, que virou um dos temas mais discutidos nos Estados Unidos.   

Ontem (25), uma fonte do governo norte-americano informou que o Pentágono está se preparando para enviar 800 soldados à fronteira com o México, na tentativa de evitar o avanço da caravana. Atualmente, por lá, estão mais de dois mil homens da Guarda Nacional.   

Além disso, desde o dia 13 de outubro, quando milhares de imigrantes saíram a pé de San Pedro Sula, em Honduras, rumo ao território norte-americano, o magnata republicano tem criticado a caravana diariamente. Ele chegou inclusive a ameaçar os países da América Central com um corte de recursos financeiros.   

O chefe de Estado norte-americano também acusou a caravana de estar trazendo criminosos do Oriente Médio, que estariam infiltrados no meio do grupo. Trump ainda culpou os democratas pela situação, já que não aprovaram propostas de endurecimento das leis do país de imigração.   

Segundo o "New York Times" e o "The Washington Post", Trump pretende bloquear a entrada desta caravana de centro-americanos por "segurança nacional", mesmo que a lei norte-americana acolha imigrantes que fogem da perseguição nos seus países em busca de asilo nos Estados Unidos.   

O movimento começou com cerca de mil hondurenhos que saíram de San Pedro Sula, a pé, para fugir do desemprego e da violência do país. A caravana foi divulgada nas redes sociais por um ex-deputado e tomou grander proporções. Ao longo do caminho, passando pela Guatemala, o grupo ganhou ainda mais adeptos. A região centro-americana tem uma das taxas de homicídios mais altas do mundo. (ANSA)
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