Xi sabia do coronavírus desde janeiro, mas não fez alerta
PEQUIM, 17 FEV (ANSA) - O presidente da China, Xi Jinping, tinha conhecimento que a cidade de Wuhan estava sofrendo com um surto do novo coronavírus duas semanas antes de as autoridades chinesas reconhecerem publicamente a epidemia, revelou um documento divulgado pelo Partido Comunista. Segundo um discurso do líder chinês, realizado no último dia 3 de fevereiro e publicado pela imprensa local no sábado (15), ele comandou o combate ao surto do Covid-19 desde o início, mas não fez alertas mais incisivos. A fala indica que Xi chegou a dar orientações para conter a doença em 7 de janeiro e ainda determinou o isolamento das cidades mais atingidas pelo vírus, apesar de ter feito uma intervenção oficial somente 13 dias depois, no dia 20.
"Diante da rápida propagação da epidemia e dos desafios de prevenção e controle, solicitei claramente que a província de Hubei implementasse controles abrangentes e rigorosos sobre a saída de pessoas", afirmou durante reunião do Partido para "tomar medidas apropriadas para conter a propagação da epidemia". Para amenizar a controvérsia criada principalmente pela imprensa e mídias sociais sobre o gerenciamento da crise, a Qiushi, revista mais importante do Partido Comunista Chinês, publicou o discurso de Xi, no qual ele "deu continuamente instruções verbais e escritas" e ordenou pessoalmente a quarentena de cerca de 60 milhões de pessoas. "Desde o primeiro dia do Ano Novo Lunar até hoje, a prevenção e o controle da situação epidêmica têm sido a questão que mais me preocupou", ressaltou Xi. A revelação do pronunciamento indica que os principais líderes do país já sabiam sobre a gravidade do coronavírus semanas antes do surto se tornar público. A epidemia teve início em dezembro do ano passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, epicentro da doença, que, até o momento, já infectou milhares de pessoas e matou 1.775, sendo 1.770 na China continental. As outras vítimas foram registradas em Hong Kong, Taiwan, Japão, Filipinas e França. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Diante da rápida propagação da epidemia e dos desafios de prevenção e controle, solicitei claramente que a província de Hubei implementasse controles abrangentes e rigorosos sobre a saída de pessoas", afirmou durante reunião do Partido para "tomar medidas apropriadas para conter a propagação da epidemia". Para amenizar a controvérsia criada principalmente pela imprensa e mídias sociais sobre o gerenciamento da crise, a Qiushi, revista mais importante do Partido Comunista Chinês, publicou o discurso de Xi, no qual ele "deu continuamente instruções verbais e escritas" e ordenou pessoalmente a quarentena de cerca de 60 milhões de pessoas. "Desde o primeiro dia do Ano Novo Lunar até hoje, a prevenção e o controle da situação epidêmica têm sido a questão que mais me preocupou", ressaltou Xi. A revelação do pronunciamento indica que os principais líderes do país já sabiam sobre a gravidade do coronavírus semanas antes do surto se tornar público. A epidemia teve início em dezembro do ano passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, epicentro da doença, que, até o momento, já infectou milhares de pessoas e matou 1.775, sendo 1.770 na China continental. As outras vítimas foram registradas em Hong Kong, Taiwan, Japão, Filipinas e França. (ANSA)
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