Vacina italiana obtém financiamento para testes clínicos
ROMA, 03 JUN (ANSA) - A empresa italiana de biotecnologia Takis, que desenvolve uma vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2, fechou um acordo que garante 3 milhões de euros para as duas primeiras fases de testes clínicos em humanos, previstas para o próximo outono europeu.
A Takis, que tem sede em Roma, anunciou uma parceria com a companhia Rottapharm Biotech, de Monza, também na Itália, que garantirá os recursos financeiros para os estudos clínicos.
"Essa oportunidade dará novos estímulos a esse ambicioso projeto. Esperamos que essa colaboração ajude a acelerar o desenvolvimento desse fruto da pesquisa italiana", diz o CEO da Takis, Luigi Aurisicchio.
A empresa romana iniciou o desenvolvimento da vacina a partir de cinco candidatas produzidas com diferentes partes da proteína "spike", que o Sars-CoV-2 utiliza para agredir as células humanas e se multiplicar. A aplicação é feita por meio de uma tecnologia chamada eletroporação, que consiste em um impulso elétrico no músculo para aumentar a permeabilidade das membranas celulares.
Segundo Aurisicchio, o teste em ratos conseguiu produzir anticorpos capazes de neutralizar o vírus, sendo que duas candidatas obtiveram resultados melhores do ponto de vista de imunização e de possíveis efeitos colaterais. Apenas uma, chamada Covid-eVax, será testada em humanos.
"Colocamos imediatamente à disposição da Takis não apenas os recursos para a primeira fase de experimentação, mas sobretudo o suporte técnico de nossos gestores científicos", afirmou o presidente da Rottapharm, Lucio Rovati.
Em entrevista à ANSA no fim de maio, Aurisicchio havia dito que a Takis precisava de financiamento para prosseguir com o estudo, já que os testes pré-clínicos foram feitos com seus próprios recursos. A companhia chegou a criar uma campanha de financiamento coletivo que arrecadou, até o momento, quase 54 mil euros, longe da meta de obter pelo menos 2 milhões de euros.
Com mais de 10 anos de existência, a empresa tem experiência no desenvolvimento de vacinas contra o câncer, doença para a qual é "muito difícil" obter uma resposta imunológica satisfatória, segundo o CEO.
"Quando surgiram as primeiras informações sobre o vírus, quando os chineses publicaram a sequência genética, nos colocamos imediatamente à disposição e começamos a trabalhar quase de maneira voluntária, até gastando bastante dinheiro", disse Aurisicchio à ANSA.
O objetivo agora é iniciar o estudo clínico no outono europeu, que vai de setembro a dezembro. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A Takis, que tem sede em Roma, anunciou uma parceria com a companhia Rottapharm Biotech, de Monza, também na Itália, que garantirá os recursos financeiros para os estudos clínicos.
"Essa oportunidade dará novos estímulos a esse ambicioso projeto. Esperamos que essa colaboração ajude a acelerar o desenvolvimento desse fruto da pesquisa italiana", diz o CEO da Takis, Luigi Aurisicchio.
A empresa romana iniciou o desenvolvimento da vacina a partir de cinco candidatas produzidas com diferentes partes da proteína "spike", que o Sars-CoV-2 utiliza para agredir as células humanas e se multiplicar. A aplicação é feita por meio de uma tecnologia chamada eletroporação, que consiste em um impulso elétrico no músculo para aumentar a permeabilidade das membranas celulares.
Segundo Aurisicchio, o teste em ratos conseguiu produzir anticorpos capazes de neutralizar o vírus, sendo que duas candidatas obtiveram resultados melhores do ponto de vista de imunização e de possíveis efeitos colaterais. Apenas uma, chamada Covid-eVax, será testada em humanos.
"Colocamos imediatamente à disposição da Takis não apenas os recursos para a primeira fase de experimentação, mas sobretudo o suporte técnico de nossos gestores científicos", afirmou o presidente da Rottapharm, Lucio Rovati.
Em entrevista à ANSA no fim de maio, Aurisicchio havia dito que a Takis precisava de financiamento para prosseguir com o estudo, já que os testes pré-clínicos foram feitos com seus próprios recursos. A companhia chegou a criar uma campanha de financiamento coletivo que arrecadou, até o momento, quase 54 mil euros, longe da meta de obter pelo menos 2 milhões de euros.
Com mais de 10 anos de existência, a empresa tem experiência no desenvolvimento de vacinas contra o câncer, doença para a qual é "muito difícil" obter uma resposta imunológica satisfatória, segundo o CEO.
"Quando surgiram as primeiras informações sobre o vírus, quando os chineses publicaram a sequência genética, nos colocamos imediatamente à disposição e começamos a trabalhar quase de maneira voluntária, até gastando bastante dinheiro", disse Aurisicchio à ANSA.
O objetivo agora é iniciar o estudo clínico no outono europeu, que vai de setembro a dezembro. (ANSA)
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