Família de cardeal entra com denúncia por difamação no Vaticano
CAGLIARI, 28 SET (ANSA) - A família do cardeal Angelo Becciu informou à ANSA que entrou com duas denúncias na Justiça do Vaticano - uma por difamação e calúnia e outra por divulgação de "informações sigilosas - nesta segunda-feira (28).
O religioso, que ocupava o posto de prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, renunciou às suas funções há quatro dias em meio a mais um escândalo financeiro na Santa Sé.
"Comunico ter preparado e enviado às autoridades competentes, sob cuidado e pedido da família Becciu, duas denúncias por violação das disposições penais em matéria de calúnia e difamação agravada e de proibição da divulgação dos segredos do ofício e de investigação, casos de má prática corruptiva que, por meio do vazamento ilícito de informações e documentos confidenciais continuamente divulgados pela mídia de forma distorcida e depreciativa, levaram à prática de novos crimes e à lesão de direitos de interessados diversos", disse à ANSA.
O cardeal está sendo acusado de ter usado dinheiro que deveria ir para os pobres assistidos pela Igreja Católica na compra de imóveis luxuosos para o Vaticano. Essa investigação já levou à suspensão outros funcionários da Secretaria de Estado, mas a renúncia de Becciu causou surpresa por ele ser muito próximo do papa Francisco.
O principal ponto apontado por investigações internas é a compra de um edifício residencial de US$ 200 milhões, em parceria com um fundo de Luxemburgo, em Londres, no Reino Unido. À época, Becciu era o "número 2" da Secretaria de Estado e foi quem confiou o caixa do Vaticano ao banqueiro Enrico Crasso o que, segundo a revista italiana "L'Espresso", teria redirecionado recursos para fundos especulativos em paraísos fiscais.
O cardeal negou as acusações e adotou uma postura que foi vista como um "enfrentamento" ao Pontífice. Um dia após renunciar, Becciu afirmou que "se sentia amigo do Papa" e que depois "o Papa não teve mais confiança em mim porque recebeu dos magistrados um aviso de que eu teria cometido atos de peculato".
"Espero que, cedo ou tarde, o Santo Padre perceba que houve um grande equívoco", finalizou. (ANSA).
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O religioso, que ocupava o posto de prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, renunciou às suas funções há quatro dias em meio a mais um escândalo financeiro na Santa Sé.
"Comunico ter preparado e enviado às autoridades competentes, sob cuidado e pedido da família Becciu, duas denúncias por violação das disposições penais em matéria de calúnia e difamação agravada e de proibição da divulgação dos segredos do ofício e de investigação, casos de má prática corruptiva que, por meio do vazamento ilícito de informações e documentos confidenciais continuamente divulgados pela mídia de forma distorcida e depreciativa, levaram à prática de novos crimes e à lesão de direitos de interessados diversos", disse à ANSA.
O cardeal está sendo acusado de ter usado dinheiro que deveria ir para os pobres assistidos pela Igreja Católica na compra de imóveis luxuosos para o Vaticano. Essa investigação já levou à suspensão outros funcionários da Secretaria de Estado, mas a renúncia de Becciu causou surpresa por ele ser muito próximo do papa Francisco.
O principal ponto apontado por investigações internas é a compra de um edifício residencial de US$ 200 milhões, em parceria com um fundo de Luxemburgo, em Londres, no Reino Unido. À época, Becciu era o "número 2" da Secretaria de Estado e foi quem confiou o caixa do Vaticano ao banqueiro Enrico Crasso o que, segundo a revista italiana "L'Espresso", teria redirecionado recursos para fundos especulativos em paraísos fiscais.
O cardeal negou as acusações e adotou uma postura que foi vista como um "enfrentamento" ao Pontífice. Um dia após renunciar, Becciu afirmou que "se sentia amigo do Papa" e que depois "o Papa não teve mais confiança em mim porque recebeu dos magistrados um aviso de que eu teria cometido atos de peculato".
"Espero que, cedo ou tarde, o Santo Padre perceba que houve um grande equívoco", finalizou. (ANSA).
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