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UE debate realocações de migrantes que estão na Itália
BRUXELAS, 3 JUN (ANSA) - As discussões para a realocação de migrantes que chegam na Itália através do Mar Mediterrâneo "estão em andamento", segundo informam fontes europeias nesta quinta-feira (3). No entanto, "ainda não está claro se as conversas levarão a um acordo" sobre a criação de um mecanismo de solidariedade temporário.
"A Itália deve ser um pouco mais disponível e flexível nas negociações do novo Pacto de Asilos para que possamos fazer progressos", disse à ANSA uma das pessoas ligadas ao debate europeu. "Às vezes, se esquece que França e Alemanha receberam e continuam a receber mais refugiados e migrantes em relação à Itália. Também isso traz interrogações sobre o mecanismo", acrescentou.
Com a posse de Mario Draghi e um aumento na chegada de deslocados pelo Mediterrâneo em 2021, Roma voltou a pressionar Bruxelas para as discussões sobre as realocações serem retomadas com firmeza. O premiê italiano chegou a falar em um das reuniões que "colocar o problema para dormir" não vai resolver a crise.
Ainda conforme as fontes consultadas pela ANSA, o assunto será debatido no próximo almoço de trabalho dos ministros do Interior da União Europeia, marcado para a próxima terça-feira (8) em Luxemburgo.
Nesta quinta-feira, um dos porta-vozes da Comissão Europeia informou que Lituânia e Luxemburgo se uniram à Irlanda e informaram que aceitam a realocação de alguns migrantes que chegarem ao território italiano.
"Estamos em contato com os Estados-membros para coordenar a transferência da Itália. Elogiamos a Irlanda, a Lituânia e Luxemburgo pelo seu compromisso com a realocação. As discussões ainda estão em curso e encorajamos os países-membros a mostrar solidariedade e a participar dos esforços", pontuou o representante.
O assunto também voltará a ser debatido pelos líderes europeus nos dias 24 e 25 de junho, quando haverá um novo conselho de Bruxelas.
Conforme o último boletim do Ministério do Interior, atualizado nesta quinta, a Itália recebeu 14.960 deslocados internacionais neste ano - quase 10 mil a mais do que no mesmo período de 2019, quando foram 5.358.
Dinamarca aprova polêmica lei - A notícia de que o assunto voltou a ser debatido na União Europeia ocorre no dia em que a Dinamarca aprovou uma polêmica lei que permite que o governo abra centros de acolhimento para solicitantes de asilo fora de seu território nacional.
O texto foi apresentado pela premiê socialdemocrata Mette Frederiksen e contou com um forte apoio da direita e da extrema-direita do país. Ele foi aprovado com ampla maioria, 70 votos a favor contra 24, mesmo com as críticas de parte da esquerda.
Um porta-voz do bloco europeu afirmou que a decisão suscita preocupação em Bruxelas, que "compartilha as preocupações expressadas pelo Alto Comissariado para os Refugiados da ONU seja sobre a compatibilidade das obrigações internacionais da Dinamarca, seja pelo risco de minar os fundamentos do sistema internacional de proteção dos refugiados".
Ainda conforme a UE, a legislação "levanta questões sobre o acesso aos procedimentos de asilo e de proteção" e o tema será analisado pelo bloco antes de "decidir sobre qualquer novo passo".
Na prática, a lei permite que o governo dinamarquês "exporte" os solicitantes de asilo e impeçam que eles cheguem ao país. Assim, o requerente faz a solicitação na fronteira e é levado para outra nação fora da Europa. Se o pedido for aprovado, ela deverá viver nesse país de acolhimento, não na Dinamarca. (ANSA).
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"A Itália deve ser um pouco mais disponível e flexível nas negociações do novo Pacto de Asilos para que possamos fazer progressos", disse à ANSA uma das pessoas ligadas ao debate europeu. "Às vezes, se esquece que França e Alemanha receberam e continuam a receber mais refugiados e migrantes em relação à Itália. Também isso traz interrogações sobre o mecanismo", acrescentou.
Com a posse de Mario Draghi e um aumento na chegada de deslocados pelo Mediterrâneo em 2021, Roma voltou a pressionar Bruxelas para as discussões sobre as realocações serem retomadas com firmeza. O premiê italiano chegou a falar em um das reuniões que "colocar o problema para dormir" não vai resolver a crise.
Ainda conforme as fontes consultadas pela ANSA, o assunto será debatido no próximo almoço de trabalho dos ministros do Interior da União Europeia, marcado para a próxima terça-feira (8) em Luxemburgo.
Nesta quinta-feira, um dos porta-vozes da Comissão Europeia informou que Lituânia e Luxemburgo se uniram à Irlanda e informaram que aceitam a realocação de alguns migrantes que chegarem ao território italiano.
"Estamos em contato com os Estados-membros para coordenar a transferência da Itália. Elogiamos a Irlanda, a Lituânia e Luxemburgo pelo seu compromisso com a realocação. As discussões ainda estão em curso e encorajamos os países-membros a mostrar solidariedade e a participar dos esforços", pontuou o representante.
O assunto também voltará a ser debatido pelos líderes europeus nos dias 24 e 25 de junho, quando haverá um novo conselho de Bruxelas.
Conforme o último boletim do Ministério do Interior, atualizado nesta quinta, a Itália recebeu 14.960 deslocados internacionais neste ano - quase 10 mil a mais do que no mesmo período de 2019, quando foram 5.358.
Dinamarca aprova polêmica lei - A notícia de que o assunto voltou a ser debatido na União Europeia ocorre no dia em que a Dinamarca aprovou uma polêmica lei que permite que o governo abra centros de acolhimento para solicitantes de asilo fora de seu território nacional.
O texto foi apresentado pela premiê socialdemocrata Mette Frederiksen e contou com um forte apoio da direita e da extrema-direita do país. Ele foi aprovado com ampla maioria, 70 votos a favor contra 24, mesmo com as críticas de parte da esquerda.
Um porta-voz do bloco europeu afirmou que a decisão suscita preocupação em Bruxelas, que "compartilha as preocupações expressadas pelo Alto Comissariado para os Refugiados da ONU seja sobre a compatibilidade das obrigações internacionais da Dinamarca, seja pelo risco de minar os fundamentos do sistema internacional de proteção dos refugiados".
Ainda conforme a UE, a legislação "levanta questões sobre o acesso aos procedimentos de asilo e de proteção" e o tema será analisado pelo bloco antes de "decidir sobre qualquer novo passo".
Na prática, a lei permite que o governo dinamarquês "exporte" os solicitantes de asilo e impeçam que eles cheguem ao país. Assim, o requerente faz a solicitação na fronteira e é levado para outra nação fora da Europa. Se o pedido for aprovado, ela deverá viver nesse país de acolhimento, não na Dinamarca. (ANSA).
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