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TIM troca CEO e institui comitê para avaliar oferta da KKR
MILÃO, 27 NOV (ANSA) - O CEO da TIM, Luigi Gubitosi, renunciou ao cargo na noite desta sexta-feira (26), em meio à oferta da gestora de investimentos americana KKR por 100% da operadora italiana.
A decisão de deixar a função foi tomada pelo próprio Gubitosi, que em carta aos outros membros do conselho de administração disse que essa poderia ser uma forma de garantir uma "análise mais serena e rápida" da proposta da KKR.
O executivo permanecerá como conselheiro da TIM, que nomeou temporariamente o chefe da operação no Brasil, o italiano Pietro Labriola, como novo diretor-geral da matriz.
Com 54 anos, Labriola está na operadora desde 2001 e vai acumular a nova função com o cargo de CEO da TIM Brasil, posto que ele ocupa desde abril de 2019.
De acordo com comunicado oficial, a reorganização "garante a plena operação do grupo, no interesse de todas as partes interessadas", e assegura uma "liderança coesa e determinada na plena valorização das capacidades da empresa".
O conselho de administração também instituiu um comitê para analisar a oferta da KKR, formado pelo presidente Salvatore Rossi, pela nova diretora independente Paola Sapienza e pelos conselheiros Ilaria Romagnoli, Marella Moretti e Paolo Boccardelli.
A proposta da gestora americana é de 0,505 euro por ação, o que totalizaria 11 bilhões de euros por 100% da TIM. Contudo, o grupo francês Vivendi, maior acionista da operadora com quase 24% de participação, não estaria disposto a abrir mão de sua cota.
Além disso, o governo italiano, dono de quase 10% da TIM por meio do banco de investimentos Cassa Depositi e Prestiti (CDP), tem poder de veto.
O Ministério da Economia da Itália, controlador da CDP, disse que o "interesse dos investidores em importantes empresas" nacionais é uma "notícia positiva para o país", mas garantiu que acompanhará "com atenção" o desenvolvimento da oferta, especialmente em relação a projetos de infraestrutura.
"O objetivo do governo é assegurar que esses projetos sejam compatíveis com a rápida conclusão da conexão com banda ultralarga e com a proteção dos empregos", afirmou o Ministério da Economia.
Diversos sindicatos e políticos já se manifestaram sobre a oferta da KKR e pediram que o governo evite o fatiamento da TIM, proteja os trabalhadores da operadora e não abra mão da infraestrutura de rede.
"Grande preocupação pelo futuro da TIM, um ativo fundamental para o país e pivô de muitas das principais missões de modernizações presentes no Plano Nacional de Retomada e Resiliência. Vamos encontrar os representantes dos trabalhadores na manhã de segunda-feira", escreveu no Twitter o ex-primeiro-ministro e atual líder da centro-esquerda na Itália, Enrico Letta. (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A decisão de deixar a função foi tomada pelo próprio Gubitosi, que em carta aos outros membros do conselho de administração disse que essa poderia ser uma forma de garantir uma "análise mais serena e rápida" da proposta da KKR.
O executivo permanecerá como conselheiro da TIM, que nomeou temporariamente o chefe da operação no Brasil, o italiano Pietro Labriola, como novo diretor-geral da matriz.
Com 54 anos, Labriola está na operadora desde 2001 e vai acumular a nova função com o cargo de CEO da TIM Brasil, posto que ele ocupa desde abril de 2019.
De acordo com comunicado oficial, a reorganização "garante a plena operação do grupo, no interesse de todas as partes interessadas", e assegura uma "liderança coesa e determinada na plena valorização das capacidades da empresa".
O conselho de administração também instituiu um comitê para analisar a oferta da KKR, formado pelo presidente Salvatore Rossi, pela nova diretora independente Paola Sapienza e pelos conselheiros Ilaria Romagnoli, Marella Moretti e Paolo Boccardelli.
A proposta da gestora americana é de 0,505 euro por ação, o que totalizaria 11 bilhões de euros por 100% da TIM. Contudo, o grupo francês Vivendi, maior acionista da operadora com quase 24% de participação, não estaria disposto a abrir mão de sua cota.
Além disso, o governo italiano, dono de quase 10% da TIM por meio do banco de investimentos Cassa Depositi e Prestiti (CDP), tem poder de veto.
O Ministério da Economia da Itália, controlador da CDP, disse que o "interesse dos investidores em importantes empresas" nacionais é uma "notícia positiva para o país", mas garantiu que acompanhará "com atenção" o desenvolvimento da oferta, especialmente em relação a projetos de infraestrutura.
"O objetivo do governo é assegurar que esses projetos sejam compatíveis com a rápida conclusão da conexão com banda ultralarga e com a proteção dos empregos", afirmou o Ministério da Economia.
Diversos sindicatos e políticos já se manifestaram sobre a oferta da KKR e pediram que o governo evite o fatiamento da TIM, proteja os trabalhadores da operadora e não abra mão da infraestrutura de rede.
"Grande preocupação pelo futuro da TIM, um ativo fundamental para o país e pivô de muitas das principais missões de modernizações presentes no Plano Nacional de Retomada e Resiliência. Vamos encontrar os representantes dos trabalhadores na manhã de segunda-feira", escreveu no Twitter o ex-primeiro-ministro e atual líder da centro-esquerda na Itália, Enrico Letta. (ANSA).
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