Simone Biles é eleita 'Atleta do Ano' pela revista Time
ROMA, 9 DEZ (ANSA) - A revista "Time" anunciou nesta quinta-feira (9) que a multicampeã olímpica Simone Biles foi eleita "Atleta do Ano" em 2021, pela coragem de ter aberto o diálogo sobre sua saúde mental e priorizado o próprio bem-estar mesmo durante os Jogos Olímpicos de Tóquio.
"Biles deixou clara a importância de se priorizar e se recusar a suprir apenas as expectativas externas. Com os olhos do mundo sobre ela, ela deu o passo extraordinário de dizer: 'Isso é o suficiente. Eu sou o suficiente', justificou a revista.
A reportagem faz referência aos Jogos de Tóquio, quando a ginasta abriu mão de disputar várias provas da ginástica artística nas quais era a grande favorita e falou de seus "demônios interiores", ou seja, distúrbios de ansiedade e bloqueios mentais repentinos, que a fizeram perder a concentração durante os exercícios. Na ocasião, Biles explicou que queria focar "na saúde mental e no seu bem-estar".
"Eu acredito que tudo acontece por um motivo. Havia um propósito. Não só consegui usar minha voz, como também ela foi validada", disse Biles em entrevista à revista.
A Time detalhou ainda que a escolha de Biles foi determinante pelo papel dela em tornar público a necessidade dos competidores expressarem seus sentimentos e toda a pressão imposta pelas conquistas.
"Se a justificativa fosse só a de que eu 'estava desistindo' eu poderia ter feito isso em outras oportunidades. Já passei por tantas coisas neste esporte, que poderia ter desistido por causa de tudo isso, não na Olimpíada", ressaltou.
A reportagem lembra também que, ao lado de outras ginastas americanas, a medalhista olímpica revelou ter sido vítima de abusos sexuais por parte de Larry Nassar, ex-médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos. Pouco antes dos jogos, inclusive, Biles deu um testemunho comovente sobre o profissional.
Ela cobrou que a USA Gymnastics e o Comitê Olímpico e Paraolímpico dos EUA (USOPC, na sigla em inglês) sejam responsabilizados pelo caso. "É muito para uma pessoa. Sinto que a culpa deve recair sobre eles e não sobre nós. Eles deveriam estar sentindo isso (dor), não eu", defendeu.
Talento precoce da ginástica artística, Biles conquistou seu primeiro título mundial em 2013, quando tinha apenas 16 anos, e logo passou a dominar a modalidade. Com duas Olimpíadas no currículo, a americana totaliza sete medalhas até o momento, sendo quatro ouros e um bronze no Rio de Janeiro e uma prata e um bronze em Tóquio. A atleta era considerada o grande nome das Olimpíadas de 2020 e havia chegado ao Japão sob a pressão de conquistar seis medalhas de ouro na ginástica. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Biles deixou clara a importância de se priorizar e se recusar a suprir apenas as expectativas externas. Com os olhos do mundo sobre ela, ela deu o passo extraordinário de dizer: 'Isso é o suficiente. Eu sou o suficiente', justificou a revista.
A reportagem faz referência aos Jogos de Tóquio, quando a ginasta abriu mão de disputar várias provas da ginástica artística nas quais era a grande favorita e falou de seus "demônios interiores", ou seja, distúrbios de ansiedade e bloqueios mentais repentinos, que a fizeram perder a concentração durante os exercícios. Na ocasião, Biles explicou que queria focar "na saúde mental e no seu bem-estar".
"Eu acredito que tudo acontece por um motivo. Havia um propósito. Não só consegui usar minha voz, como também ela foi validada", disse Biles em entrevista à revista.
A Time detalhou ainda que a escolha de Biles foi determinante pelo papel dela em tornar público a necessidade dos competidores expressarem seus sentimentos e toda a pressão imposta pelas conquistas.
"Se a justificativa fosse só a de que eu 'estava desistindo' eu poderia ter feito isso em outras oportunidades. Já passei por tantas coisas neste esporte, que poderia ter desistido por causa de tudo isso, não na Olimpíada", ressaltou.
A reportagem lembra também que, ao lado de outras ginastas americanas, a medalhista olímpica revelou ter sido vítima de abusos sexuais por parte de Larry Nassar, ex-médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos. Pouco antes dos jogos, inclusive, Biles deu um testemunho comovente sobre o profissional.
Ela cobrou que a USA Gymnastics e o Comitê Olímpico e Paraolímpico dos EUA (USOPC, na sigla em inglês) sejam responsabilizados pelo caso. "É muito para uma pessoa. Sinto que a culpa deve recair sobre eles e não sobre nós. Eles deveriam estar sentindo isso (dor), não eu", defendeu.
Talento precoce da ginástica artística, Biles conquistou seu primeiro título mundial em 2013, quando tinha apenas 16 anos, e logo passou a dominar a modalidade. Com duas Olimpíadas no currículo, a americana totaliza sete medalhas até o momento, sendo quatro ouros e um bronze no Rio de Janeiro e uma prata e um bronze em Tóquio. A atleta era considerada o grande nome das Olimpíadas de 2020 e havia chegado ao Japão sob a pressão de conquistar seis medalhas de ouro na ginástica. (ANSA)
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