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Governo alemão cobra transparência da Igreja sobre abusos
BERLIM, 21 JAN (ANSA) - O governo da Alemanha cobrou "transparência" da Igreja Católica após a divulgação de um relatório que lista centenas de vítimas de abusos sexuais na Arquidiocese de Munique e Freising entre 1945 e 2019.
"Os abusos e a maneira como os casos foram geridos nos deixam sem palavras", afirmou Christiane Hoffmann, porta-voz do chanceler social-democrata Olaf Scholz, que está no poder desde dezembro.
Segundo o governo, a Igreja precisa "prestar esclarecimentos de modo completo e transparente".
Divulgado na última quinta (20), o relatório lista pelo menos 497 vítimas de abusos sexuais na Arquidiocese de Munique entre 1945 e 2019 e aponta "comportamentos errôneos" do papa emérito Bento XVI em quatro casos.
A investigação foi conduzida pelo escritório de direito Westpfahl Spilker Wastl, a pedido da própria Igreja alemã, e diz que a maior parte das vítimas era do sexo masculino, sendo que 60% tinham entre oito e 14 anos de idade.
O relatório ainda lista pelo menos 235 agressores, incluindo 173 padres, nove diáconos, cinco referentes pastorais e 48 funcionários escolares.
Entre outras coisas, o documento diz que Bento XVI, arcebispo de Munique entre 1977 e 1982, não tomou nenhuma atitude contra quatro padres acusados de abuso sexual em sua arquidiocese.
Um deles foi o sacerdote Peter Hullerman, transferido de Essen para Munique em 1980, após ter sido acusado de violentar um garoto de 11 anos, e que manteve suas funções pastorais apesar da denúncia.
O relatório também afirma que "não foi identificável" um eventual interesse do atual papa emérito pelas vítimas. Em declaração por escrito incluída no inquérito, Joseph Ratzinger nega ter agido de forma errada a respeito de casos de abusos.
Após a divulgação dos resultados da investigação, a Santa Sé afirmou que ainda não conhece o conteúdo do documento e que, nos próximos dias, "poderá examinar seus detalhes". (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Os abusos e a maneira como os casos foram geridos nos deixam sem palavras", afirmou Christiane Hoffmann, porta-voz do chanceler social-democrata Olaf Scholz, que está no poder desde dezembro.
Segundo o governo, a Igreja precisa "prestar esclarecimentos de modo completo e transparente".
Divulgado na última quinta (20), o relatório lista pelo menos 497 vítimas de abusos sexuais na Arquidiocese de Munique entre 1945 e 2019 e aponta "comportamentos errôneos" do papa emérito Bento XVI em quatro casos.
A investigação foi conduzida pelo escritório de direito Westpfahl Spilker Wastl, a pedido da própria Igreja alemã, e diz que a maior parte das vítimas era do sexo masculino, sendo que 60% tinham entre oito e 14 anos de idade.
O relatório ainda lista pelo menos 235 agressores, incluindo 173 padres, nove diáconos, cinco referentes pastorais e 48 funcionários escolares.
Entre outras coisas, o documento diz que Bento XVI, arcebispo de Munique entre 1977 e 1982, não tomou nenhuma atitude contra quatro padres acusados de abuso sexual em sua arquidiocese.
Um deles foi o sacerdote Peter Hullerman, transferido de Essen para Munique em 1980, após ter sido acusado de violentar um garoto de 11 anos, e que manteve suas funções pastorais apesar da denúncia.
O relatório também afirma que "não foi identificável" um eventual interesse do atual papa emérito pelas vítimas. Em declaração por escrito incluída no inquérito, Joseph Ratzinger nega ter agido de forma errada a respeito de casos de abusos.
Após a divulgação dos resultados da investigação, a Santa Sé afirmou que ainda não conhece o conteúdo do documento e que, nos próximos dias, "poderá examinar seus detalhes". (ANSA).
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