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Putin diz que 'não tinha escolha' ao iniciar guerra na Ucrânia
ROMA, 12 ABR (ANSA) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou em um discurso para os trabalhadores da indústria espacial do Cosmódromo de Vostochny nesta terça-feira (12) que o país "não tinha escolha" a não ser atacar a Ucrânia. As falas foram repercutidas pelas agências de notícias estatais Tass e Interfax.
"O que estamos fazendo é para ajudar as pessoas, salvar pessoas de um lado, e estamos trabalhando para garantir a segurança da Rússia do outro. Obviamente, não tínhamos escolha e essa é a decisão certa", afirmou ao público.
Iniciada em 24 de fevereiro, a guerra - chamada de "operação militar especial" por Moscou - já obrigou mais de 4,4 milhões de ucranianos a fugirem do país, deslocou internamente outros 6,5 milhões, além de milhares de mortes registradas entre civis e soldados dos dois países.
O discurso de Putin, porém, voltou a focar especificamente na área separatista do Donbass, que inclui parte das regiões de Donetsk e Lugansk. Essa foi a desculpa inicial para o conflito armado, mas logo se viu que as ações russas tinham objetivos maiores, com tentativas de conquistar as grandes cidades do país, como Kiev e Kharkiv.
Para os russos, as forças militares ucranianas causaram "um genocídio" no Donbass entre 2014 e 2022, quando, após a anexação unilateral da Crimeia por parte de Moscou, grupos separatistas pró-Rússia começaram a tomar parte do território local.
"Temos objetivos nobres. Isso é o que acontecerá: protegeremos o Donbass. Isso é o que vai acontecer, não há dúvidas. O principal objetivo é ajudar as pessoas do Donbass, que nós reconhecemos [como repúblicas independentes], e devemos fazer porque as autoridades de Kiev, encorajadas pelo Ocidente, se negavam a atuar os acordos de Minsk para uma resolução pacífica dos problemas do Donbass", acrescentou.
Os acordos de Minsk I e II citados por Putin foram firmados em 2015 por Moscou e Kiev e nenhum dos lados cumpriu os artigos do pacto que serviu, praticamente, apenas para um cessar-fogo temporário no local. Entre os principais pontos, estava que a Ucrânia deveria fazer com que Donetsk e Lugansk virassem "regiões autônomas", mas ainda partes do país; já os russos deveriam parar de fornecer armas e equipamentos militares, além de treinamento, para as milícias separatistas.
No entanto, por conta da resistência acima do esperado da defesa da Ucrânia, há cerca de duas semanas, a Rússia informou que retornou ao plano de "proteger" o Donbass e parou de fazer ataques nas maiores cidades.
Sobre as sanções impostas pelos países ocidentais e que já afetam duramente a economia do país, Putin ressaltou que "a Rússia não se fechará" e que é "impossível" isolar a nação.
"Nós não temos a intenção de nos fechar e, no mundo moderno, é totalmente impossível isolar rigorosamente qualquer um e completamente impossível isolar um país tão grande como a Rússia. Nós vamos trabalhar com os parceiros que querem interagir", afirmou ainda.
Nesse momento, Putin informou que o programa espacial russo seguirá sendo desenvolvido e anunciou um plano de viagem à Lua.
Desde o início da guerra, com exceção dos trabalhos na Estação Espacial Internacional (ISS), a Rússia foi isolada de missões e trabalhos aeroespaciais com europeus e norte-americanos. (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"O que estamos fazendo é para ajudar as pessoas, salvar pessoas de um lado, e estamos trabalhando para garantir a segurança da Rússia do outro. Obviamente, não tínhamos escolha e essa é a decisão certa", afirmou ao público.
Iniciada em 24 de fevereiro, a guerra - chamada de "operação militar especial" por Moscou - já obrigou mais de 4,4 milhões de ucranianos a fugirem do país, deslocou internamente outros 6,5 milhões, além de milhares de mortes registradas entre civis e soldados dos dois países.
O discurso de Putin, porém, voltou a focar especificamente na área separatista do Donbass, que inclui parte das regiões de Donetsk e Lugansk. Essa foi a desculpa inicial para o conflito armado, mas logo se viu que as ações russas tinham objetivos maiores, com tentativas de conquistar as grandes cidades do país, como Kiev e Kharkiv.
Para os russos, as forças militares ucranianas causaram "um genocídio" no Donbass entre 2014 e 2022, quando, após a anexação unilateral da Crimeia por parte de Moscou, grupos separatistas pró-Rússia começaram a tomar parte do território local.
"Temos objetivos nobres. Isso é o que acontecerá: protegeremos o Donbass. Isso é o que vai acontecer, não há dúvidas. O principal objetivo é ajudar as pessoas do Donbass, que nós reconhecemos [como repúblicas independentes], e devemos fazer porque as autoridades de Kiev, encorajadas pelo Ocidente, se negavam a atuar os acordos de Minsk para uma resolução pacífica dos problemas do Donbass", acrescentou.
Os acordos de Minsk I e II citados por Putin foram firmados em 2015 por Moscou e Kiev e nenhum dos lados cumpriu os artigos do pacto que serviu, praticamente, apenas para um cessar-fogo temporário no local. Entre os principais pontos, estava que a Ucrânia deveria fazer com que Donetsk e Lugansk virassem "regiões autônomas", mas ainda partes do país; já os russos deveriam parar de fornecer armas e equipamentos militares, além de treinamento, para as milícias separatistas.
No entanto, por conta da resistência acima do esperado da defesa da Ucrânia, há cerca de duas semanas, a Rússia informou que retornou ao plano de "proteger" o Donbass e parou de fazer ataques nas maiores cidades.
Sobre as sanções impostas pelos países ocidentais e que já afetam duramente a economia do país, Putin ressaltou que "a Rússia não se fechará" e que é "impossível" isolar a nação.
"Nós não temos a intenção de nos fechar e, no mundo moderno, é totalmente impossível isolar rigorosamente qualquer um e completamente impossível isolar um país tão grande como a Rússia. Nós vamos trabalhar com os parceiros que querem interagir", afirmou ainda.
Nesse momento, Putin informou que o programa espacial russo seguirá sendo desenvolvido e anunciou um plano de viagem à Lua.
Desde o início da guerra, com exceção dos trabalhos na Estação Espacial Internacional (ISS), a Rússia foi isolada de missões e trabalhos aeroespaciais com europeus e norte-americanos. (ANSA).
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