Robô da Nasa encontra moléculas orgânicas em Marte
ROMA, 15 SET (ANSA) - O robô Perseverance, da Nasa, encontrou na superfície de Marte rochas que contêm moléculas orgânicas.
Os compostos foram achados em fragmentos de uma crista de um metro de altura batizada como "Wildcat" ("Gato selvagem") e situada na cratera Jezero, que há bilhões de anos abrigou o delta de um rio hoje extinto.
Segundo a Nasa, o Perseverance desgastou a superfície da rocha para analisá-la com um instrumento chamado "Sherloc", sigla em inglês para Scanner de Ambientes Habitáveis com Raman e Luminescência para Orgânicos e Químicos, mas que também faz referência ao célebre personagem de histórias de detetive Sherlock Holmes.
"A análise do Sherloc indica que as amostras apresentam uma classe de moléculas correlacionadas àquelas dos minerais sulfetos. Os minerais sulfetos encontrados em rochas sedimentares podem fornecer informações significativas sobre o ambiente aquoso no qual se formaram", diz a Nasa.
Moléculas orgânicas são compostos formados principalmente por carbono e que normalmente incluem átomos de oxigênio e hidrogênio, mas que também podem conter outros elementos, como nitrogênio, fósforo e enxofre.
"A presença dessas moléculas é considerada uma potencial bioassinatura, ou seja, uma substância ou estrutura que pode ser uma evidência de vida passada, mas que também pode ter sido produzida sem a presença de vida", acrescenta a agência.
Moléculas orgânicas são possíveis "tijolos" na construção de moléculas biológicas, porém também podem se formar através de reações químicas.
Em 2013, o rover Curiosity já tinha encontrado evidências de matéria orgânica em amostras de pó de rocha, assim como o Perseverance, mais recentemente, na própria cratera Jezero.
A diferença, segundo a Nasa, é que, desta vez, a descoberta ocorreu em uma área onde, em um passado distante, sedimentos e sais foram depositados em um lago onde a vida pode ter existido.
"No passado distante, a areia, a lama e os sais que agora compõem a amostra da Crista Wildcat foram depositados sob condições em que a vida pode ter prosperado", declarou Ken Farley, cientista do projeto Perseverance.
"O fato de que matéria orgânica tenha sido encontrada em uma rocha sedimentar - tipo conhecido por preservar fósseis de vida antiga na Terra - é importante. No entanto, por mais capazes que sejam os instrumentos a bordo do Perseverance, novas conclusões terão de esperar até a amostra retornar para a Terra", ressaltou.
A Nasa planeja enviar uma missão para buscar as amostras coletadas pelo Perseverance até o fim da década. (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os compostos foram achados em fragmentos de uma crista de um metro de altura batizada como "Wildcat" ("Gato selvagem") e situada na cratera Jezero, que há bilhões de anos abrigou o delta de um rio hoje extinto.
Segundo a Nasa, o Perseverance desgastou a superfície da rocha para analisá-la com um instrumento chamado "Sherloc", sigla em inglês para Scanner de Ambientes Habitáveis com Raman e Luminescência para Orgânicos e Químicos, mas que também faz referência ao célebre personagem de histórias de detetive Sherlock Holmes.
"A análise do Sherloc indica que as amostras apresentam uma classe de moléculas correlacionadas àquelas dos minerais sulfetos. Os minerais sulfetos encontrados em rochas sedimentares podem fornecer informações significativas sobre o ambiente aquoso no qual se formaram", diz a Nasa.
Moléculas orgânicas são compostos formados principalmente por carbono e que normalmente incluem átomos de oxigênio e hidrogênio, mas que também podem conter outros elementos, como nitrogênio, fósforo e enxofre.
"A presença dessas moléculas é considerada uma potencial bioassinatura, ou seja, uma substância ou estrutura que pode ser uma evidência de vida passada, mas que também pode ter sido produzida sem a presença de vida", acrescenta a agência.
Moléculas orgânicas são possíveis "tijolos" na construção de moléculas biológicas, porém também podem se formar através de reações químicas.
Em 2013, o rover Curiosity já tinha encontrado evidências de matéria orgânica em amostras de pó de rocha, assim como o Perseverance, mais recentemente, na própria cratera Jezero.
A diferença, segundo a Nasa, é que, desta vez, a descoberta ocorreu em uma área onde, em um passado distante, sedimentos e sais foram depositados em um lago onde a vida pode ter existido.
"No passado distante, a areia, a lama e os sais que agora compõem a amostra da Crista Wildcat foram depositados sob condições em que a vida pode ter prosperado", declarou Ken Farley, cientista do projeto Perseverance.
"O fato de que matéria orgânica tenha sido encontrada em uma rocha sedimentar - tipo conhecido por preservar fósseis de vida antiga na Terra - é importante. No entanto, por mais capazes que sejam os instrumentos a bordo do Perseverance, novas conclusões terão de esperar até a amostra retornar para a Terra", ressaltou.
A Nasa planeja enviar uma missão para buscar as amostras coletadas pelo Perseverance até o fim da década. (ANSA).
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