'Vou trabalhar por direitos', diz italiana presa eleita na UE

ROMA, 13 JUN (ANSA) - A italiana Ilaria Salis, ativista antifascista em prisão domiciliar na Hungria por suposta agressão contra militantes de extrema-direita, disse que usará seu cargo como eurodeputada para lutar por direitos. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal La Stampa.   

"Agora estou muito projetada para o futuro e impaciente para ser finalmente liberada para começar uma nova fase da minha vida", disse ela, que se elegeu pela sigla Aliança Verdes e Esquerda (AVS), de oposição ao governo da premiê Giorgia Meloni.   

A professora do ensino fundamental de Monza, de 39 anos, está sendo julgado na Hungria por supostamente fazer parte de uma gangue que tinha como alvos três neonazistas em 11 de fevereiro de 2023.   

Suas condições na prisão suscitaram protestos por parte da Itália depois de Salis ter sido repetidamente levada a um tribunal com uma corrente e com as mãos e os tornozelos algemados, um procedimento que a Hungria diz ser padrão, mas que despertou indignação.   

Apesar da prisão domiciliar, a obtenção da vaga, segundo a defesa da ativista, implicaria em sua soltura devido à imunidade parlamentar.   

"Estou passando estes dias me preparando para o trabalho que me cabe no Parlamento Europeu. Não vejo a hora de começar. Quero colocar no centro da minha ação a tutela dos direitos fundamentais da pessoa. Quero me dedicar a apoiar homens, mulheres e crianças vítimas de injustiça, exploração, violência, guerras, pobreza e discriminações", afirmou.   

Ela também relatou sua reação ao saber que foi eleita: "Fiquei comovida e emocionada. Muito. O aspecto mais importante que este caso demonstrou é que agora sabemos que a solidariedade é uma força coletiva e corajosa que pode verdadeiramente mudar o mundo".   

"O antifascismo é certamente o valor político mais forte e relevante que emerge desta história, pelo menos para mim. Ser antifascista significa lutar contra todas as opressões e assumir a responsabilidade histórica da luta pela liberdade na igualdade dos direitos", concluiu. (ANSA).   

Continua após a publicidade

Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.

Deixe seu comentário

Só para assinantes