Netanyahu diz que guerra é 'entre barbárie e civilização'

WASHINGTON, 24 JUL (ANSA) - Em um discurso de quase uma hora no Congresso dos Estados Unidos, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou a aliança com Washington e mencionou que o conflito na Faixa de Gaza "é um choque entre barbárie e civilização".   

O premiê, que foi recebido no Capitólio ao mesmo tempo que milhares de pessoas protestavam do lado de fora contra sua visita, agradeceu a amizade do presidente do EUA, Joe Biden, e assegurou que irá vencer a guerra no enclave palestino.   

"O que está acontecendo não é um choque de civilizações, mas entre a barbárie e a civilização, entre aqueles que glorificam a morte e aqueles que glorificam a vida. Para que as forças da civilização triunfem, os EUA e Israel devem permanecer juntos.   

Vim aqui também para assegurar uma coisa a vocês, nós venceremos", destacou.   

Ainda em relação ao conflito em Gaza, Netanyahu afirmou que pretende ver um enclave "desmilitarizado" e "sem radicalismo" após os embates, que já duram mais de nove meses. O político também garantiu que está "totalmente empenhado" em garantir a libertação dos reféns.   

"O Hamas faz tudo o que é necessário para colocar os palestinos no caminho de Israel. Para nós, cada civil morto é uma tragédia", disse Netanyahu, acrescentando que se não há comida suficiente em Gaza é porque o Hamas está roubando.   

O israelense também comentou que sua nação, os Estados Unidos e o mundo árabe estão ameaçados pelo Irã, além de defender que a luta em Gaza também é um embate contra o país persa, definido por Netanyahu como o "inimigo mais feroz" de Washington.   

"Quando Israel age para impedir o Irã de desenvolver armas nucleares, é para proteger a nós mesmos e aos Estados Unidos.   

Nossos inimigos são seus inimigos, nossa luta é sua luta e nossa vitória será sua vitória. Quem atacar Israel pagará um preço muito elevado, já que desenvolvemos armas muito sofisticadas para defender os nossos dois países", afirmou.   

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Ao mesmo tempo que destacou a união com Washington, Netanyahu aproveitou o momento para instar os EUA a liberarem uma nova ajuda militar, pois isso poderia "acelerar rapidamente o fim da guerra" no Oriente Médio.   

Após os agradecimentos a Biden por seu "apoio sincero", o premiê também mencionou o ex-presidente Donald Trump para agradecê-lo pelo reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado judeu com a transferência da embaixada dos EUA e pela luta total contra Teerã.   

Por fim, em meio a uma chuva de aplausos, Netanyahu recordou algumas das vítimas dos ataques do Hamas e chamou os manifestantes do lado de fora do Congresso de "idiotas úteis do Irã".   

A guerra contra o Hamas colocou em cima de Netanyahu uma forte pressão internacional. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo fundamentalista islâmico, diz que mais de 39 mil palestinos morreram durante os ataques israelenses.   

(ANSA).   

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