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'Ucrânia será destruída como Sodoma e Gomorra', diz autoridade russa

4.out.2019 - Dmitry Medvedev Imagem: Yamil Lage/AFP

23/08/2024 10h04Atualizada em 23/08/2024 10h33

ROMA, 23 AGO (ANSA) - O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, criticou nesta sexta-feira (23) o projeto de lei aprovado pelo Parlamento da Ucrânia para banir um braço da Igreja Ortodoxa Russa e enfatizou que o país será destruído como "Sodoma e Gomorra".

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Segundo o ex-presidente russo, a adoção da legislação é "um ato de satanismo, que o Ocidente apoia ativamente para prejudicar a Rússia".

"Esta história não será em vão. O país será destruído como Sodoma e Gomorra, e os demônios cairão inevitavelmente", declarou ele no Telegram, fazendo referência a duas cidades que, segundo a Bíblia, foram destruídas por Deus com fogo e enxofre devido aos pecados dos seus habitantes.

"O castigo não virá num futuro distante, após a transição para o outro mundo. Pelo contrário, o castigo será terreno, cruel, doloroso e será cumprido em breve", acrescentou.

Para Medvedev, a "história ignóbil" dos "cães neonazis", que decidiram "proibir completamente a Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou", começou com o ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko, que, em 2018, decidiu criar uma Igreja Ortodoxa ucraniana independente de Moscou.

De acordo com o russo, a "verdadeira Igreja Ortodoxa nas antigas terras ucranianas brilhará na sua antiga grandeza".

Na última terça (20), o Parlamento da Ucrânia aprovou um projeto de lei para banir no país um braço da Igreja Ortodoxa Russa, tida por Kiev como agente do regime de Vladimir Putin.

O alvo é a Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), que era ligada ao Patriarcado de Moscou, cujo líder, Cirilo, demonstrou em diversas ocasiões apoio à invasão promovida pela Rússia desde fevereiro de 2022.

Durante a guerra, as lideranças da Igreja Ortodoxa Ucraniana romperam com o Patriarcado de Moscou, mas o governo Zelensky suspeita que membros da religião ainda colaborem com o Kremlin.

Invasão - Paralelamente, o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoli Antonov, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, "tomou uma decisão" e "todos os responsáveis" pela invasão ucraniana da região de Kursk "serão severamente punidos".

Os invasores "serão eliminados, não repelidos, mas eliminados", acrescentou o diplomata, citado pela Tass.

As forças russas lançaram 16 drones sobre a Ucrânia ontem à noite, sendo que 14 foram abatidos pelas defesas aéreas de Kiev e dois não atingiram os seus objetivos, informou a Força Aérea Ucraniana, acrescentando que os russos também atacaram com dois Iskander-M /Mísseis balísticos KN-23 da região de Voronezh.

Os drones destruídos foram interceptados nas regiões de Cherkasy, Kirovohrad, Poltava e Sumy. A Força Aérea especifica que foram perdidos vestígios dos dois drones russos restantes, dos quais nenhuma informação foi recebida sobre sua possível destruição.

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