Tribunal de Hong Kong condena jornalistas por sedição

HONG KONG, 30 AGO (ANSA) - Um tribunal de Hong Kong condenou por "sedição" dois jornalistas do site de notícias Stand News e a empresa responsável pelo portal, uma decisão inédita desde que o território, ex-colônia britânica, regressou ao domínio chinês em 1997.   

Os envolvidos - Chung Pui-kuen, Patrick Kam e a sociedade Best Pencil Limited - responderam na justiça pela cobertura favorável ao movimento pró-democracia em 2019.   

"A linha de conduta adotada [pela Stand News] era aquela de sustentar e promover a autonomia local de Hong Kong. No entanto, tornou-se um instrumento para difamar e denegrir as autoridades centrais e o governo da região administrativa especial de Hong Kong", declarou o juiz do tribunal de Wan Chai, Kwok Wai-kin.   

O Stand News, um portal de notícias populares fundado em 2014, cobriu o movimento pró-democracia de 2019 com detalhes e, muitas vezes, mostrando-se parcial a ele. Em 2021, o site encerrou suas atividades após uma invasão policial na antiga redação, que prendeu seus responsáveis e congelou os seus bens.   

Representantes de diversos consulados, como dos Estados Unidos, Reino Unido, França e Austrália, compareceram ao julgamento. Do lado de fora do tribunal, mais de 100 pessoas seguiram a audiência, incluindo Lau Yan-hin, ex-funcionário do Stand News, que descreveu a sentença como "um ataque total" à imprensa. (ANSA).   

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