Cerimônias marcam 1º ano de ataque do Hamas a Israel

ROMA, 7 OUT (ANSA) - Israel deu início nesta segunda-feira (7) às cerimônias do aniversário de um ano do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, dia mais mortal da história do país e o gatilho para a atual guerra na Faixa de Gaza.   

Em Reim, local do massacre no festival de música Nova, uma multidão abriu as homenagens respeitando um minuto de silêncio às 6h29 (horário local), hora do início do ataque do movimento fundamentalista islâmico no sul de Israel.   

Na mesma hora, as famílias dos reféns ainda mantidos em cativeiro se reuniram em frente à residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, para pedir um acordo para a libertação dos cidadãos em Gaza e pelo cessar-fogo.   

Os familiares ainda soaram uma sirene durante dois minutos foram da casa do premiê. "Já se passou um ano desde aquela manhã de sábado em que meus pais acordaram em pânico e correram para a sala segura. Um ano de medo mortal que ninguém consegue entender", lamentou Shir Siegel, cujos pais foram sequestrados e levados para Gaza.   

A mãe de Shir, Aviva Siegel, foi libertada após dois meses de cativeiro, mas seu pai, Keith Siegel, continua refém. "Já se passou um ano desde que imaginei meu pai voltando para casa e nos abraçando. Já se passou um ano, mas parece um longo dia", acrescentou.   

Muitos israelenses também devem comparecer a outras celebrações, cemitérios e memoriais em todo o país para lembrar das centenas de vítimas, dos soldados feridos e das dezenas de reféns ainda em cativeiro.   

Um ano após o início da guerra, Netanyahu convocou uma reunião sobre segurança e afirmou que é obrigado a trazer os reféns de volta para Israel.   

"Neste dia, neste lugar e em muitos outros lugares do nosso país, recordamos os nossos mortos, os nossos reféns que somos obrigados a trazer de volta e os nossos heróis que tombaram em defesa da pátria e da nação. Há um ano vivemos um massacre terrível", declarou Netanyahu em comunicado divulgado pelo seu gabinete.   

Nesta manhã, duas fortes explosões foram registradas em Tel Aviv, como a ANSA constatou no local. As sirenes de alarme, porém, não dispararam.   

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Logo depois, as Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, assumiram a responsabilidade pelo ataque lançado contra Tel Aviv com uma barragem de foguetes Maqadmeh M90.   

De acordo com uma declaração no Telegram relatada pela Al Jazeera, o grupo disse que a ofensiva faz parte da "batalha de desgaste em andamento" e é feita em resposta aos "massacres israelenses contra civis e ao deslocamento deliberado de nosso povo". (ANSA).   

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